Num mundo marcado pela sedução do markting e da publicidade, não podemos correr o risco de entrar na onda e pensarmos que a evangelização se resolve apenas com a utilização dos novos métodos e ferramentas criados pela tecnologia. Certamente, quando se referia aos novos métodos, o Beato João Paulo II teria em consideração o génio do homem que aproximou o mundo à escala de um ecrã de computador. Mas o Papa falou também de um novo ardor e este nasce do encontro amoroso com Deus que transforma a minha vida. A evangelização brota do encontro com Cristo Vivo e Ressuscitado que me transforma, reconstrói, reanima e envia em missão.
Afinal, para nós, proclamar a Boa Nova, isto é, evangelizar, não é falar de uma doutrina que deva ser decorada ou de qualquer outro aspecto sapiencial para ser meditado. Acima de qualquer outra coisa, evangelizar significa ser testemunha de uma transformação que ocorre dentro de mim, de um amor gratuito que dá um sentido novo à minha vida, de uma possibilidade de entrar na vida que não tem fim. O novo ardor nasce assim do encontro com Cristo vivo e Ressuscitado que me faz participante da sua ressurreição e, por isso mesmo, da sua missão.
Peçamos à Vigem Maria, Estrela da nova evangelização, que nos ajude a partilhar desta inquietação de São Paulo, peçamos-lhe que nos leve ao encontro verdadeiro e fecundo com o seu Filho e que a partir daí o nosso título de glória seja o anúncio do Evangelho com toda a nossa vida, com todas as nossas forças e com todo o nosso coração.