sábado, 31 de dezembro de 2011

Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração.

Iniciamos hoje um novo ano com a alegria de termos sido visitados por Deus neste Natal. Foi-nos dada a contemplar a misericórdia de Deus que não hesitou em nascer na nossa escuridão para nos iluminar com a sua graça.

Ao longo deste novo ano seremos confrontados com inúmeros acontecimentos, tribulações, alegrias, etc., que para nós são Palavra do Senhor, são sinal do braço de Deus que nos conduz pela história. Com Maria somos convidados a guardar no coração estes acontecimentos, estas visitas de Deus. O início deste ano é marcado pela sombra da crise, pelo medo do futuro, mas para nós, que acreditamos em Deus e pomos n’Ele a nossa confiança, nada temos a temer.

Escutemos o que diz o Papa Bento XVI na mensagem para o dia de hoje, “Com que atitude devemos olhar para o ano novo? No Salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor «mais do que a sentinela pela aurora», aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia e salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e da economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia. Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista”.

Peçamos a intercessão da Mãe de Deus, roguemos-lhe que debruce o seu olhar maternal sobre as nossas tribulações e que nos conduza pelos caminhos do Seu Filho Jesus,
 
Votos de um Feliz Ano novo cheio da graça de Deus

sábado, 24 de dezembro de 2011

Migalhas para a noite de Natal


“Nesta noite, todos nos apercebemos que alguma coisa de grande deve ter acontecido no mundo. Somos atraídos por uma recordação, por uma recordação que não conseguimos esquecer. Ficamos fascinados com uma presença que nos transcende, mas que não podemos ignorar. Somos iluminados por uma estrela que se aproximou das nossas trevas e as iluminou para sempre.


Deus fez-se homem! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente preocupa-se connosco! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente cuida de nós! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente tem misericórdia de nós!


O Infinito ama-nos: esta é a grande notícia do Natal. Ama-nos a tal ponto que enviou o seu Filho a esta história traiçoeira e inóspita. Não, Deus não teve medo: enviou o Filho para o meio de nós, que já não somos filhos… porque nos ama, porque quer devolver-nos o coração dos filhos.


Gostava que o nosso primeiro sentimento fosse o sentimento da alegria, do reconhecimento, da bênção e da adoração. Como é maravilhoso o Natal! É a grande e maravilhosa notícia que nós vigiamos como um fogo que não se deve extinguir, como uma luz que deve iluminar-nos sempre.


Esta noite alguém abrirá a porta de casa, cheio de alegria, para acolher um «pobre»: é a porta de Belém, é a porta do coração de Deus que se tornou acessível, próximo como uma criança, para que nós não tivéssemos mais medo de Deus, para que nós deixássemos de sentir Deus como um Ser distante, mas o sentíssemos próximo, próximo por amor.


Que grande história, que bela história é o Natal! É a única história que resiste ao tempo: é como a fonte da aldeia que continua a dar água límpida para matar a sede da alma de todas as gerações dos homens”.


Cardeal Angelo Comastri, Prepara o berço: É Natal, Paulinas, 2006

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Santo e Feliz Natal Cheio das bênçãos do Deus Menino

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Olivais Sul deseja-lhe um Santo e Feliz Natal.

                                                                                    
“Esta é a nossa festa, isto celebramos hoje: a vinda de Deus ao meio dos homens, para que, também nós cheguemos a Deus…celebremos pois a festa: não uma festa popular, mas uma festa de Deus, não como o mundo quer, mas como Deus quer; não celebremos as nossas coisas mas as coisas daquele que é nosso Senhor”.
São Gregório de Nazianzo, Século IV



                                                                                             

Relembramos os horários das Celebrações da Eucaristia na Solenidade doNatal do Senhor:
0h – Missa da Noite na Igreja Paroquial

10h – Missa de Natal, Igreja de São José

11h30m – Missa de Natal, Igreja Paroquial

18h30m – Missa de Natal, Igreja Paroquial

sábado, 17 de dezembro de 2011

Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua Palavra.


Neste quarto Domingo do Advento somos conduzidos pelo Sim da Virgem Maria, coração dócil à vontade de Deus, campo fértil que acolhe a Palavra e dá Fruto novo para toda a humanidade. Maria foi eleita para ser a Mãe de Deus e a si mesmo se chama escrava, manifestando esta humildade sublime de quem sabe reconhecer que tudo vem de Deus e tudo volta para Ele.

David tinha a intenção de construir uma habitação de pedra que fosse morada e presença do Senhor no meio do seu povo mas Deus tem outros projectos: “Prepararei um lugar para o meu povo de Israel; e nele o instalarei para que habite nesse lugar, sem que jamais tenha receio”. Esse lugar que Deus preparou foi o seio imaculado da Virgem Maria que se denomina agora Arca da Nova Aliança. Maria, na sua humildade, transporta a Promessa de Deus no seu ventre; aceitando ser a Mãe do Salvador, prometido a David, encerra o longo período de expectativa da humanidade e pela fé, pelo seu fiat generoso, Deus habita verdadeiramente no meio do Seu Povo.

Porque a Deus nada é impossível, em Maria, a primeira entre os cristãos a comprometer-se na aventura da fé, nasce a Igreja, morada de Deus no meio dos homens. É na Igreja que hoje recebemos a graça de Deus, nos podemos transformar pela sua Palavra e podemos ver todas as promessas cumpridas e realizadas para nossa salvação.

Partindo da experiência de Maria, ao preparar este Natal, sou confrontado com a questão: onde preciso acolher o Menino? Em que dimensões concretas da minha vida, da minha história, há necessidade do Messias? Abramos-lhe as portas do nosso coração, de par em par, e façamos a experiência das verdadeira salvação. Não nos deixemos enganar pelas soluções rápidas e barulhentas mas entremos na aventura da humildade e do silêncio, as únicas que nos ajudarão a ver o Deus vivo no meio de nós!


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

No meio de vós está Alguém que não conheceis.

O Evangelho deste Domingo confronta-nos com a missão de João Baptista. “Quem és tu?”, perguntam-lhe os sacerdotes e os levitas. A resposta de João manifesta claramente a consciência da missão - “sou a voz que clama no deserto”, que prepara, anuncia a vinda do Messias. João Baptista apresenta-se a si mesmo como a voz que anuncia a Palavra, que a manifesta e a torna presente. Ser a voz de Cristo, o seu arauto, aquele que anuncia o Salvador do mundo e prepara a sua vinda: esta é a missão de João Baptista e, tal como ele, de todos os cristãos que acolheram a Vida no seu coração.

É inquietante a afirmação de João: “Está no meio de vós Alguém que não conheceis”. Impressiona porque ainda hoje muitos homens, bem perto de nós, nunca ouviram falar do Messias, muitos homens ainda não tiveram a oportunidade de se encontrar com o Deus Vivo e Verdadeiro. Por isso mesmo, João Baptista é hoje, para nós, ícone da missão da Igreja. Somos chamados a ser a voz, que proclama com a conversão diária, com a adesão a Cristo, a Vida que está no meio de nós.

Com a consciência de que não nos anunciamos a nós mesmos mas a Cristo que por nós deu a vida e fez brilhar a sua luz no meio de nós, acolhamos o convite de São Paulo que escutamos hoje na segunda leitura: “Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças a Deus em todas as circunstâncias. Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons proféticos; mas avaliai tudo, conservando o que for bom”.

Alegremo-nos irmãos porque Deus está no meio de nós. Preparemo-nos com seriedade para a vinda do Senhor que se manifestará para nós na paz e na graça. Deixemos que a Palavra nos converta e peçamos ao Senhor que fortaleça a nossa voz com a Palavra de Cristo que gera vida no coração dos crentes.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Solenidade da Imaculada Conceição

Ó Senhora imaculada, silenciosa,
de sorriso virginal,
frescura envolvida na canção formosa
do amanhecer inicial.

Senhora do vestido simples da graça
que íntima aurora Te deu,
florindo, sobre a luz da terra que passa,
à luz primeira do Céu.

Senhora, o teu celeste olhar de Padroeira
floresça em nosso interior,
abrindo a senda da pureza verdadeira
que nos conduza ao Senhor.

Celebramos a nossa Padroeira, Senhora da Conceição. Na nossa Comunidade os horários das Eucaristias serão os seguintes: Dia 7, 18h30m na Igreja de São José; Dia 8, 10h na Igreja de São José, 11h30m na Igreja Paroquial (celebração solenizada com a bênção das mães da nossa Paróquia) e 18h30m também na Igreja Paroquial.



Acolhamos o exemplo e a intercessão da nossa Padroeira, Virgem da Conceição, e peçamos-lhe a graça de escutar o seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor.






sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eis o vosso Deus. O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará!

Somos animados, neste segundo Domingo do Advento, pela confiança absoluta do Profeta na vinda do Senhor. O Senhor virá “como um pastor, apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as ovelhas ao seu descanso”.

Confortados pela certeza da vinda do Senhor, somos chamados a preparar o seu caminho, a endireitar as suas veredas, isto é, os caminhos tortuosos da nossa vida. Significa isto que o Advento é também um tempo de conversão, um tempo sério de escuta da Palavra que quer cair em terra boa, de diálogo com o Senhor, de vigilância porque não sabemos o dia nem a hora em que o Senhor passará.

Este não pode ser apenas mais um Advento na nossa vida (até porque não sabemos se será o último)! Somos chamados a combater a rotina espiritual e a caminhar com força e esperança que nos prepare para acolher o Menino que nascerá para nós. É urgente colocarmo-nos à escuta, é urgente fazermos um caminho de conversão, deixar que Deus entre com força na nossa vida e nos nossos projectos. São Pedro, na Carta que hoje escutamos, aponta-nos o caminho: “nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça. Portanto, enquanto esperais tudo isto, empenhai-vos, sem pecado nem motivo algum de censura, para que o Senhor vos encontre na Paz”.

Preparamo-nos para celebrar a Solenidade da Imaculada Conceição e da Virgem Santa Maria, nossa Padroeira, colhemos o testemunho e beneficiamos da sua intercessão. Peçamos-lhe pela nossa Comunidade, para que em cada um dos seus membros, encontre uma terra boa  e fértil que acolha com docilidade a Palavra do Seu Filho Jesus. Peçamos-lhe ainda que nos ajude nesta luta diária contra a sedução do mundo e que nos ajude a silenciar todos os barulhos e apelos que, neste tempo, nos afastam do projecto de Deus.