sábado, 17 de dezembro de 2011

Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua Palavra.


Neste quarto Domingo do Advento somos conduzidos pelo Sim da Virgem Maria, coração dócil à vontade de Deus, campo fértil que acolhe a Palavra e dá Fruto novo para toda a humanidade. Maria foi eleita para ser a Mãe de Deus e a si mesmo se chama escrava, manifestando esta humildade sublime de quem sabe reconhecer que tudo vem de Deus e tudo volta para Ele.

David tinha a intenção de construir uma habitação de pedra que fosse morada e presença do Senhor no meio do seu povo mas Deus tem outros projectos: “Prepararei um lugar para o meu povo de Israel; e nele o instalarei para que habite nesse lugar, sem que jamais tenha receio”. Esse lugar que Deus preparou foi o seio imaculado da Virgem Maria que se denomina agora Arca da Nova Aliança. Maria, na sua humildade, transporta a Promessa de Deus no seu ventre; aceitando ser a Mãe do Salvador, prometido a David, encerra o longo período de expectativa da humanidade e pela fé, pelo seu fiat generoso, Deus habita verdadeiramente no meio do Seu Povo.

Porque a Deus nada é impossível, em Maria, a primeira entre os cristãos a comprometer-se na aventura da fé, nasce a Igreja, morada de Deus no meio dos homens. É na Igreja que hoje recebemos a graça de Deus, nos podemos transformar pela sua Palavra e podemos ver todas as promessas cumpridas e realizadas para nossa salvação.

Partindo da experiência de Maria, ao preparar este Natal, sou confrontado com a questão: onde preciso acolher o Menino? Em que dimensões concretas da minha vida, da minha história, há necessidade do Messias? Abramos-lhe as portas do nosso coração, de par em par, e façamos a experiência das verdadeira salvação. Não nos deixemos enganar pelas soluções rápidas e barulhentas mas entremos na aventura da humildade e do silêncio, as únicas que nos ajudarão a ver o Deus vivo no meio de nós!


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