segunda-feira, 28 de março de 2011

Celebração Comunitária da Reconciliação

Dia 30 de Março, às 21h30m na Igreja de São José

"Pai pequei contra o Céu e contra ti. Já não sou digno de me chamar teu Filho. Quando ainda estava longe, o pai vio-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobrio-o de beijos" (Cf. Lc 15, 11-32).

No caminho da conversão quaresmal, a Igreja proporciona-nos esta experiência da misericórdia e da bondade de Deus. Ele é maior que os nossos pecados. Que o Senhor nos conceda um coração novo, capaz de reconhecer o pecado e de se dirigir a Deus, Senhor da Misericórdia.

Na próxima Quarta-Feira, teremos a oportunidade de fazer esta experiência da Misericórdia de Deus. Estarão presentes os padres das paróquias vizinhas que celebraram connosco o sacramento da reconciliação.

Peçamos a Deus que nos dê um coração contrito e um sincero arrependimento dos nossos pecados!

sexta-feira, 25 de março de 2011

III Domingo da Quaresma


Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede:
a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna.
          
Estamos a meio do caminho quaresmal e a história da Samaritana que hoje escutamos no Evangelho recorda-nos que neste itinerário é a Palavra de Jesus, o encontro com o Deus vivo, que sacia a sede de felicidade e de plenitude que esperamos celebrar nesta Páscoa. Neste encontro de Jesus com a Samaritana espelham-se todos aqueles que, estando longe de Deus, ao escutarem a sua Palavra, sentem nascer dentro de si a sede nunca antes experimentada do dom de Deus, sede que só o Senhor pode saciar porque Ele é a fonte da água viva.

Como diz o Papa Bento XVI na sua mensagem para esta quaresma, “o pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-me de beber», exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna»: é o dom do Espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade». Só esta agia pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e satisfeita”.

O fruto da Páscoa de Jesus é o Espírito Santo que actualiza em nós e para nós, na nossa vida concreta, o mistério do Deus vivo. Como nos diz São Paulo na Carta aos Romanos, “a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. É este amor que nos faz sair de nós mesmos, que nos arranca do pecado e da amargura a que ele conduz e nos possibilita entrar na vida eterna prometida por Jesus à Samaritana e a cada um de nós.

Que o Senhor nos conduza, nesta Quaresma, pelos caminhos da verdadeira conversão, nos ajude a mudar de vida e de mentalidade para podermos colher e saborear os frutos da Páscoa Eterna.

Ressonância do Evangelho

O Evangelho deste 3º. Domingo da Quaresma interpela-me sobre os meus objectivos de vida. A busca incessante da felicidade através do sucesso no trabalho ou na faculdade, consumindo a minha acção diária, será origem da água viva que procuro?

Após o alcançar de uma meta pessoal, eis que outra surge, e depois mais outra. A adoração de falsos deuses origina uma satisfação efémera e fugaz, que apenas me distrai durante a caminhada da vida, e me desvia do caminho do Pai.

A vida cria-nos grandes expectativas. E eis que Jesus aparece, oferecendo a água do Espírito que transforma, renova e torna capaz de amar Deus e os outros.

Porque não abandonar o cântaro que guarda a felicidade passageira e efémera, para viver na  Palavra que realmente preenche e transfigura, e tal como a samaritana, partir para o anúncio da  verdade de Cristo? Que nesta Quaresma eu seja capaz de abrir o meu coração ao Espírito que Jesus me oferece.

Francisco Sande Nogueira
Catequista

Vida em Comunidade

Calendário Paroquial
29 de Março - Reunião do Movimento Cristão de Reformados - Vida Ascendente, às 15.00 h, na Igreja de S. José.
30 de Março - Celebração Comunitária da Reconciliação, na Igreja de S. José, às 21.30 h.
31 de Março - Reunião da Direcção do Centro Social.
1 de Abril - Adoração do SSmº Sacramento, na Igreja Paroquial, das 21.30 h. às 23.00 h.
2 de Abril - Recolecção Paroquial, Casa de Retiros do Turcifal.
2 de Abril - Festa da Páscoa da 2ª Etapa, na Igreja de S. José, às 16.00 h.
3 de Abril - Hora de Laudes, às 10.00 h, na Igreja de S. José.
3 de Abril - Festa das Bem Aventuranças, do 7º ano da Catequese, na Igreja Paroquial, na Celebração das 18.30 h.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ressonância do Evangelho

Como não ficar impressionado com este Evangelho?
Aqui, Deus revela-se oralmente, como já o havia feito no baptismo de Jesus e revela aos homens a divindade do seu amado Filho.

Para os três discípulos convidados, esta é uma experiência única e maravilhosa, mas, simultaneamente, aterradora, ao viverem a transfiguração de Jesus e ouvirem uma voz na nuvem.

O convite aos três Apóstolos é, hoje, particularmente, feito a cada um de nós, para subirmos ao alto monte, acolhendo a verdadeira revelação do Amor de Deus. E, se esse convite nos preocupa, por um
lado, porque passa pela Cruz, por outro recebemos uma palavra de coragem:
«Levanta-te e não temas».

Esse é o grande convite que Jesus nos faz nesta Quaresma: subirmos a montanha da sua Palavra, escutando-O nos momentos de desânimo, em que parece que esquecemos ou nos afastamos da Verdade e da Vida. Jesus Cristo, através do Espírito Santo, está sempre a estender-nos a sua mão, como diz o Evangelho e isto é para cada momento da nossa vida e durante toda a vida.

Diogo Fernandes
Ministro Extraordinário da Comunhão

Diálogo do II Domingo da Quaresma

O rosto de Jesus ficou resplandecente como o sol
e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
             
Escutamos hoje a Transfiguração de Jesus no Evangelho de São Mateus, a revelação antecipada da sua glória. São Lucas relata-nos que no monte, lugar da particular proximidade com Deus, Jesus entrou em diálogo com o Pai e, enquanto orava, transfigurou-se à vista dos discípulos. Assim, na transfiguração, um acontecimento que nasce da oração, “torna-se visível o que acontece no diálogo de Jesus com o Pai: a íntima compenetração do seu ser com Deus, que se torna pura Luz. Sendo Ele um só com o Pai, o próprio Jesus é Luz da Luz” (Bento XVI, Jesus de Nazaré, 385).

Mas a transfiguração de Jesus, como revelação da sua gloriosa ressurreição, fala também de nós e do nosso futuro. Em Cristo transfigurado podemos antever, desde já, a vida e a imortalidade a que somos chamados, confessamos a glória do Filho de Deus que se há-de revelar em nós próprios, e animamo-nos a subir, durante este tempo da Quaresma, até à transfiguração pascal, que Deus dará a quem escutar e seguir Jesus. Neste sentido, diz o Papa, “o traje de Jesus, branco como a luz durante a transfiguração, fala também do nosso futuro” (ibidem).

Durante estes dias da Quaresma somos chamados a acolher a Palavra de Deus como alimento sólido e a fazer dela o centro da nossa oração. Só acolhendo a Palavra no íntimo do coração podemos responder a Deus na obediência e na fidelidade da fé, como vemos hoje em Abraão, na primeira leitura. Abraão escutou a voz de Deus e pôs-se a caminho, confiado, não nas suas próprias forças, mas na fidelidade d’Aquele que o chamou. É assim, também connosco, em cada Quaresma. Somos chamados a sair do nosso pecado, do modo antigo de proceder e convidados a abraçar a surpresa de Deus que nos convida à renovação e à transformação do coração e da vida toda. Se arriscares no Senhor participarás na sua glória e serás, também tu, chamado a abraçar a vida eterna e a participar na Luz de Cristo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ressonância do Evangelho

Neste Domingo, 1º da Quaresma, esta leitura vem à minha vida como uma flecha. Desperta-me e interpela-me a preparar a Sua vinda nesta Páscoa.

Esta leitura reforça a necessidade que eu tenho de “desacelerar” o ritmo do meu dia-a-dia, tantas vezes pouco conducente com o que a Palavra do Senhor me pede para pôr em prática. Quantas vezes procuro a felicidade na satisfação imediata dos meus desejos, no consumo de bens desnecessários, no conforto do lar, etc. Quantas vezes não concluí já que quando procuro traçar o meu caminho e me afasto da vontade de Deus apenas encontro uma alegria efémera e um vazio imenso.

O evangelho de hoje desperta-me para a grande festa dos cristãos. A Páscoa! A Ressurreição de Jesus Cristo no meu coração. É esta a chama que vai alimentar um novo ano litúrgico e que me ajudará a aprofundar a minha fé. Como? Não adorando falsos deuses (dinheiro, a carreira, a moda…), jejuando e rezando. Mas, à semelhança de outros anos, sinto que pelas minhas forças não serei capaz de rezar e jejuar. Que o Espírito Santo me ilumine e ajude a combater os demónios que se atravessarão no meu caminho.

Não posso deixar de referir que me toca profundamente a expressão “Se és Filho de Deus…” pois ao longo da minha vida Deus providenciou acontecimentos que me ajudaram a sentir verdadeiramente Filha de Deus.
Ana Cláudia Valério
Caminho Neocatecumenal
II Comunidade de Olivais Sul

Domingo I da Quaresma

          
Está escrito: «Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus».
             

              Aproxima-se a celebração do Mistério pascal, o centro e o cume do Ano Litúrgico. Cristo, vivo e ressuscitado, passa pela nossa vida para nos arrancar do poder da morte e do pecado. Preparamo-nos para a noite santa onde somos chamados a renovar as promessas do baptismo e “a reafirmarmos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos da água e do Espírito Santo e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da graça para sermos seus discípulos” (Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2011).

No início do itinerário quaresmal somos interpelados pela Mensagem do Papa: “Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a ressurreição do Senhor, o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus?” Aqui está o segredo da Páscoa: escutar em primeiro lugar a voz de Deus. Jesus vence o combate com o demónio no deserto porque escutou a Palavra de Deus e a pôs em prática, fez dela o seu refúgio e baluarte, não procurou a vida fora do Pai porque, no Pai, faz a experiência do abandono e do amor fecundo.

A Liturgia deste Domingo contrapõe Adão, que se escuta a si mesmo, e Jesus Cristo que se alimenta de toda a Palavra que sai da boca de Deus. É este o desafio da peregrinação que somos convidados a fazer: o que está primeiro? Quem está primeiro? A minha vontade ou a vontade de Deus? As minhas forças ou a providência do Pai? As minhas ideias ou as rotas apontadas por Deus para chegar bom porto? Escutar este combate de Jesus com o demónio é um convite a acolher no coração a palavra do Shemá: “Amar a Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”.

A Igreja, na sua sabedoria, oferece-nos as três armas para o combate espiritual nestes quarenta dias: a oração, a esmola e o jejum. Pegar nestas armas é um desafio à conversão do coração que se relativiza e coloca sempre Deus e os outros em primeiro lugar.

Não tenhamos medo de começar o caminho, o Senhor é bom e não nos desamparará.

quinta-feira, 10 de março de 2011

"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?"


Hoje, Quinta-feira depois das cinzas, a Igreja oferece-nos esta Palavra na Liturgia:

"Ponho diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade. Se cumprires os mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te proponho - amando o Senhor, teu Deus, seguindo os seus caminhos e observando a sua lei, os seus mandamentos e preceitos - viverás e multiplicar-te-ás e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra de que vais tomar posse". E depois destas palavras de Moisés, Jesus, no Evangelho diz: "Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á".

É este o caminho da Quaresma. Uma viagem ousada ao interior de mim mesmo, apoiado na misericórdia de Deus que me aponta o caminho da vida. Nesta peregrinação o Senhor sustenta os nossos propósitos e os nossos cansaços. Torna-se necessário acolher a Palavra como alimento, deixar tudo aquilo que me afasta da Vida, pegar seriamente nas armas que a Igreja me oferece: a oração, o jejum e a esmola. Tudo práticas que nos ajudam a sair do trono em que tantas vezes nos sentamos e nos permitem ver o rosto misericordioso de Deus que nos quer transformar e, nesta Quaresma, levar mais longe.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Catequeses Quaresmais do Cardeal-Patriarca de Lisboa

Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma de 2011

"A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor.

Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele".

Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar


Com a celebração das cinzas damos hoje início ao Tempo da Quaresma, que se estende pelos próximos quarenta dias, um tempo simbólico que recorda os quarenta anos que o povo passou no deserto rumo à terra prometida e os quarenta dias que Cristo passou no deserto antes de iniciar a sua vida pública.

Nestes dias o Senhor vem ao nosso encontro com um convite claro à conversão. Na celebração de hoje escutamos o Profeta Joel: "Convertei-vos a Mim de todo o coração, com jejuns, lágrimas e lamentações. Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos. Convertei-vos ao Senhor, vosso deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e misericordioso, pronto a desisitir dos castigos que promete".

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ressonância do Evangelho

Mateus 7, 21-27 – «Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor” entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu»...


A «minha» salvação num «paraíso» pós morte, não pode ser a finalidade calculista da minha vida como Católico… Isso turva a genuidade das minhas acções…

O sentido final do cristão, viver em função de uma recompensa? Não posso viver na aparência, do ritual vazio e não fecundo….se ignoro o próximo, se promovo a tristeza, a injustiça, a iniquidade, o oportunismo, a vaidade, o egoísmo, a intolerância… Viver assim e mostrar-me no templo, para enganar quem? Deus? O ser de Cristo — é viver a Fé INCARNADA na Vida, deixando-O guiar-me. Jesus não fez morada no deserto isolado de tudo. Andou no meio do mundo, rodeado de gente simples e até pecadora… pescou\cativou\converteu — «Homens Novos».

Que Deus me inspire, a não querer «condomínios fechados da realidade humana». É nesta Vida concreta que sou fermento… Não me deixando confundir, a relativizar o Amar ao próximo.

O Reino de Deus cumpre-se hoje, com Cristo no meio de nós, acompanhando-nos no trilho da Vida, indiferente a uma «recompensa final», mas em busca da Felicidade, que nos dá sentido á existência HOJE, compartilhada SEMPRE com os Irmãos.

Com Ele e a sua Palavra, temos alento e não vacilamos…

Com ELE e o seu Corpo e Sangue, as dificuldades não são martírio, mas uma oportunidade de Felicidade.

Sei que Ele é rocha segura, …Dele virá a coragem, de continuar o anúncio do Reino de Deus, que chega.

Simplesmente confio, seja feita a Sua vontade!
Henrique Dias
Escuteiro

Domingo IX do Tempo Comum


Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática,
é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.

Nestes últimos domingos temos vindo a escutar o longo Sermão da Montanha, palavra viva que Jesus dá aos seus discípulos como caminho para entrar na vida. É uma Palavra exigente mas fecunda porque nos aponta o percurso do Homem Novo. O Papa Bento XVI, na recente Exortação Apostólica sobre a Palavra de Deus, afirma: “quando o homem, apesar de frágil e pecador, se abre sinceramente ao encontro com Cristo, começa uma transformação radical. Receber o Verbo de Deus significa deixar-se plasmar por Ele, para se tornar, pelo poder do Espírito Santo, conforme a Cristo, ao «Filho Único que vem do Pai» (Jo 1, 14). É o início de uma nova criação: nasce a criatura nova, um povo novo” (Verbum Domini, 50).

Escutar a Palavra de Deus e pô-la em prática supõe a aventura da fé, da confiança e do abandono nas mãos de Deus. Construir sobre a rocha significa colocar Deus no centro da minha vida e das minhas opções concretas, não buscar a segurança noutro deus nem em mim mesmo. Dar crédito a Deus, isto é, alicerçar a minha vida na Palavra e na relação viva com Jesus, garante a solidez da construção. Quem vive de Jesus e da sua Palavra nada o poderá abalar, nem mesmo as mais fortes tribulações, contradições ou perseguições. Mas quem procura construir a sua vida à margem de Jesus, quem constrói sobre as areias movediças das falsas seguranças, está sujeito ao fracasso e à ruína.

Quem vive da Palavra deixa-se transformar por ela, reconhecendo os seus limites não desiste mas procura o rosto de Deus num caminho constante de conversão. Vamos entrar no tempo santo da Quaresma e somos interpelados a acolher a Palavra como alimento que nos conduz no caminho da Páscoa. Escutemos este apelo da Igreja que nos convida a entrar na intimidade do Pai, que nos chama à vida nova da graça. Confiemos em Deus, nosso refúgio, que nunca abandona aqueles que procuram fazer a sua vontade.