sexta-feira, 29 de abril de 2011

Diálogo do II Domingo da Páscoa


Meu Senhor
e meu Deus!
          
Celebramos hoje o II Domingo da Páscoa e bendizemos o Senhor porque é fiel às suas promessas. Fomos visitados pelo braço forte de Yhwh que na sua infinita misericórdia se dignou ter compaixão de nós e nos fez participar na vitória do Seu Filho sobre a morte e as escravidões que dominavam o nosso coração.

Segundo uma antiga tradição, o Domingo de hoje tem o nome de Domingo in Albis porque neste dia os neófitos da Vigília Pascal vestiam mais uma vez a sua veste branca, símbolo da Luz que o Senhor lhes tinha transmitido no Baptismo. Também nós fomos envolvidos por esta Luz e agora somos convidados a fazê-la brilhar na vida quotidiana: a chama delicada da verdade e do bem que o Senhor reacendeu em nós nesta Páscoa deve ser conservada diligentemente para assim levar a este nosso mundo algo da luminosidade e da bondade de Deus.

Jesus Ressuscitado aparece hoje entre os seus discípulos e sopra sobre eles, conferindo-lhes o poder de perdoar os pecados. Neste Domingo da Divina Misericórdia damos graças a Deus porque não desiste de nós e nos dá esta possibilidade sacramental de vencer o pecado que conduz à morte. Na Luz do Ressuscitado temos a possibilidade de transpor a barreira das nossas fragilidades e do nosso pecado e entrar nesta glória que Jesus promete e oferece aos seus discípulos.

Este Domingo, o Santo Padre Bento XVI proclama ao mundo a santidade de João Paulo II. Todos nós usufruímos do ministério e da vida deste Arauto do Evangelho que nos mostrou tantas vezes o rosto misericordioso do Pai. Que o exemplo, a entrega de vida até ao fim e a intercessão do Bem-aventurado João Paulo II nos ajudem a fazer desta Páscoa um lugar de encontro feliz e fecundo com Jesus e a sua Igreja.

Ressonância do Evangelho

Aleluia, Cristo Ressuscitou.

Neste 2º Domingo da Páscoa, todo este Evangelho me exorta a acreditar na Ressureição do Senhor, a deixar que Deus entre na minha casa, no meu coração, e me irradia com a sua luz, a poder comungar da mesma alegria que os discípulos sentiram ao verem Jesus.

«(…) vimos o senhor.(…)Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos discípulos, (…)para acreditardes que Jesus é o Messias(…)».

Toda esta  Palavra se traduz na minha vida. Consigo «ver» e «tocar» esta Ressureição no meu matrimónio, na minha família, em tudo o que o Senhor me oferece e que me dá a oportunidade de descobrir na sua Igreja, todo o amor que tem por mim.

Por isso, toda esta leitura, me convida a acreditar com os olhos da Fé, sabendo que apenas com a ajuda do seu Espírito Santo, isto é possível.

«(…)A paz esteja convosco(…)Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.»

Neste tempo de alegria, também o Senhor me convida a anunciar, que Deus está vivo e ressuscitado, que só N´ Ele me sinto amado.

Jaime Santos
Catequista

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ressonância da Palavra

O Senhor surpreende-me pela subtileza com que se apresenta.

Não O precedem sirenes nem fogo-de-artifício … o Senhor simplesmente vem.
Quantas vezes faço opções e tomo decisões no meu dia-a-dia que me afastam do projecto que Deus tem para mim.

Nessa altura, qual Maria Madalena perante o túmulo vazio onde esperava encontrar o Senhor, pergunto: “onde estás, Senhor? Pensei que Te encontraria por aqui…”

E então, quando paro e reconheço que Deus não está naquele caminho que escolhi, percebo que Deus me dá a cada momento a possibilidade de refazer os meus passos, de forma nova, renascida, com alegria e confiança. Com a ajuda do Senhor, assim, desta forma serena como sempre surge na minha vida, o Senhor apresenta-se sob a forma de amigos que também O procuram e com quem tenho o privilégio de caminhar neste caminho que é a própria vida de cada um de nós.

Na Páscoa celebramos efusivamente a ressurreição do Senhor, o momento em que se fez Verdade e Vida, tal como prometeu … aqueles que O tinham acolhido no seu coração, acreditaram. Possa eu também receber-Te, Senhor!

Fátima Martins  (Mifá)
 Equipa litúrgica da Missa das crianças

Jesus Ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!


Este é o dia que o Senhor fez:
Exultemos e cantemos de alegria. Aleluia.
             
Celebramos hoje o dia da nossa redenção: Cristo venceu a morte e o pecado, tomou o nosso lugar e esmagou definitivamente as trevas da nossa história. Por isso, hoje, somos convidados a entrar na alegria dos discípulos - a morte foi vencida, também a minha morte, estamos mergulhados na Luz de Cristo e lançados na vida nova da graça.

Em cada Páscoa cantamos a misericórdia de Deus que não poupou o Seu Filho para nos resgatar: “Oh admirável condescendência da vossa graça! Oh incomparável predilecção do vosso amor! Para resgatar o escravo, entregastes o vosso Filho” (Precónio Pascal). Como é grandioso este mistério da bondade de Deus que se inclina lá do alto para não perder nenhum daqueles que chamou à vida.

Na manhã de Páscoa, o discípulo amado foi a correr ao túmulo, “viu e acreditou”. Também tu és chamado a correr, a olhar para a tua vida e a ver como o Senhor se faz presente, vivo e ressuscitado. Em cada Páscoa somos convidados a olhar para a nossa história e a contemplar como o Senhor não nos deixou abandonados no abismo, não nos deixou mergulhados na morte mas, pelo contrário, apostou mais uma vez em nós e tornou-nos participantes deste grande mistério: a porta do Céu agora está aberta, Cristo esmagou tudo aquilo que nos impedia de ver o rosto de Deus; Ele, que é fiel às suas promessas, abriu-nos definitivamente as portas da Vida Eterna.

Com os Apóstolos o Senhor convida-nos agora a testemunhar a Ressurreição de Jesus em toda a parte: junto dos nossos familiares, dos nossos amigos e de todos aqueles que se aproximam de nós. Participando da ressurreição de Jesus, partilhando o seu cálice e a sua glória, os primeiros discípulos não se cansaram de espalhar esta boa notícia. Hoje o mundo reclama, de novo, este grito de júbilo. Somos chamados a correr pelo mundo, apoiados em Cristo ressuscitado, transportando esta loucura - é possível entrar na alegria que não tem fim; com Cristo é possível vencer a tristeza e a crise que nos apertam por todo o lado.  Deixa que o Senhor te ressuscite nesta Páscoa e verás como os milagres acontecem!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Horários das celebrações do Tríduo Pascal

Quinta-Feira Santa
Missa da Ceia do Senhor, 19h30m - Igreja Paroquial
Adoração Eucarística, até às 24h - Igreja Paroquial

Sexta-Feira Santa
Ofício de Leitura e Laudes, 10h - Igreja de São José
Celebração da Paixão do Senhor, 15h - Igreja Paroquial
Via Sacra, 21h - Parte da Igreja Paroquial e segue para a Igreja de São José terminando aí com um momento de adoração da Cruz

Sábado Santo
Ofício de Leitura e Laudes, 10h - Igreja de São José
Solene Vigília Pascal, 22h - Igreja Paroquial

Domingo da Ressurreição do Senhor
Celebração Eucarística, 10h - Igreja de São José
Celebração Eucarística, 12h - Igreja Paroquial

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ressonância do Evangelho

Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada e perguntavam: «Quem é Ele?” Mt. 21, 10.

Ao escutar o Evangelho deste Domingo, em que celebramos a entrada do Senhor em Jerusalém, dou por mim a pensar na entrada de Jesus na minha vida. Não me refiro aqui ao momento temporal concreto, nem à forma pela qual Deus entrou na minha história, evidentemente que esses também são episódios importantes e bons de revisitar, mas este Evangelho leva-me para um sítio diferente.

“A cidade ficou agitada” quando Jesus entrou. A chegada de Jesus não foi pacífica, muito menos indiferente. Poderá ter sido pacífica quanto à sua forma mas não na sua essência. Ao escutar este Evangelho, lembro-me que este Jesus que entra em Jerusalém, é o mesmo Jesus que entra em mim e em cada um de nós sempre que celebramos a Eucaristia, pacífico na Sua aparência mas a sua entrada agita-nos por dentro, transforma-nos, «queima-nos o coração», parafraseando os discípulos de Emaús. Neste Domingo, detenho-me nesta forma contínua pela qual Jesus entra na minha vida e faz novas todas as coisas, até sem eu dar por isso.

Leandro Morgado
Catequista de Adultos

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor


Aparecendo como homem, humilhou-se ainda mais,
obedecendo até à morte e morte de cruz.
          
Chegámos à Semana Santa, o coração do Ano Litúrgico, e a Igreja convida-nos a contemplar o Amor d’Aquele que nos amou primeiro e deu a sua vida por nós.

Somos chamados a acompanhar os mistérios da paixão, da morte e da ressurreição do Filho de Deus que, “sendo de condição divina, não se valeu da sua igualdade com Deus mas aniquilou-se a si próprio até à morte e morte de cruz”.

Nestes dias não vamos reviver apenas um acontecimento histórico mas celebrar, isto é, tornar presente para nós e na nossa vida concreta, o mistério da Páscoa de Jesus. O Senhor vem ao nosso encontro para actualizar a nossa passagem deste mundo para a vida nova da graça e, por isso mesmo, celebramos a vitória de Jesus sobre o nosso pecado e a nosso morte; celebramos o Bem Supremo que nos arrasta para o dinamismo novo da graça e nos arranca do Egipto do pecado. Experimentamos, nestes dias, a misericórdia de Deus que, na sua grande humildade, nos lava de novo os pés e nos prepara para o Banquete da Vida Eterna.

O Senhor quer comer esta Páscoa contigo, quer estabelecer uma aliança nova e eterna para te introduzir nas alegrias da vida nova. O Senhor quer ressuscitar-te nesta Páscoa, quer derrubar o teu pecado que te atrapalha tanto e não te deixa ser feliz.

Nestes dias não temas acolher o Senhor que te chama da morte à vida, do pecado à graça, da escravidão à verdadeira liberdade dos filhos de Deus. Vem aí o bom tempo, os feriados… e a tentação de fazer da Páscoa um tempo de lazer e de descanso é grande. Mas o Senhor quer passar por ti e pela tua vida, quer fazer-te participante da vida divina e por isso exorto-te a não desperdiçares esta passagem que o Senhor quer fazer pela tua vida.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Domingo V da Quaresma


Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá.
             
Diante da morte somos sempre confrontados com o mistério da existência humana e, como Marta, também nós nos indignamos diante de Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. O diálogo de Jesus com Marta é impressionante e abre-nos para um novo horizonte: “Marta, Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?”

Este é o coração do Evangelho neste Domingo. “Acreditas nisto?” É como se Jesus te perguntasse hoje: “acreditas que quem vive em Mim nunca morre? Tens feito a experiência de viver em Mim e a partir de Mim?” Muitas vezes encerramo-nos em túmulos fétidos, passamos sonâmbulos por esta vida porque nos deixamos escravizar pelo pecado, perdemos o horizonte da vida eterna e tomamo-nos como critério absoluto da nossa existência: só luto pela minha vontade, só me interesso pelos meus desejos e objectivos. A questão de Jesus torna-se assim decisiva, “acreditas que é possível? Queres experimentar já a Vida?” Como diz o Papa Bento XVI na sua mensagem para a Quaresma deste ano, “privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança”.

Quem faz a experiência da ressurreição no dia-a-dia, quem aposta na intimidade com Jesus e se deixa conduzir pela fé, salta do túmulo e prova como Deus é fiel e a Palavra é verdadeira: “Se Cristo está em vós, embora o vosso corpo seja mortal por causa do pecado, o espírito permanece vivo por causa da justiça. Deus que ressuscitou Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Carta aos Romanos). Possamos nós escutar este Domingo a voz de Jesus que nos quer libertar dos túmulos em que nos encerramos e nos diz: “Sai para fora”. Não tenhas medo!

Ressonância do Evangelho

“Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá.
Acreditas nisto?”

Eis como um décimo de segundo é importante na correria incessante atrás do tempo, mas quando deparada com uma notícia de uma morte penso de imediato. Que sentido tem a vida?

Esta interpelação só tem sentido na minha vida, na procura de sinais de Deus, porque sei que Ele caminha ao meu lado e me dá coragem para sair do “túmulo” e continuar a caminhar. E é no Pai que encontro a razão para viver.

Identifico-me com a Marta quando dou testemunho da adesão ao projecto de Jesus. E acredito que estou aqui de passagem e que não há morte para os amigos de Jesus.

Mas perante as adversidades do dia-a-dia: a doença de um familiar, a morte de um amigo, o desemprego de uma irmã, a solidão de um conhecido, um mendigo que me aborda com fome, um colega com problemas financeiros é tão fácil ter uma atitude como Maria.

É muitas vezes num choro silencioso que procuro respostas, quando o mundo à minha volta parece desabar. Mas é nas palavras de Jesus que reencontro a esperança para a vida plena.

Fátima Lopes
Catequista

Vida em Comunidade

Calendário Paroquial
10 de Abril - Hora de Laudes, na Igreja de S. José, às 10.00 h.
12 de Abril - Encontro de Quaresma da Academia.
12 de Abril - Reunião do Movimento Cristão de Reformados - Vida Ascendente, às 15.00 h, na Igreja de S. José.
16 e 17 de Abril - Acampamento do Agrupamento 230.
17 de Abril - Domingo de Ramos na Paixão do Senhor.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Calendário Paroquial
2 de Abril - Recolecção Paroquial da Quaresma na Casa de Retiros do Turcifal
4 de Abril - Reunião das Voluntárias do Centro Social.
4 de Abril - Reunião do Agrupamento 230.
4 de Abril - Reunião de Leitores, na Igreja de S. José, às 21.00 h.
5 de Abril - Celebração da Reconciliação para as crianças da Catequese, na Igreja de S. José, às 18.00 h.
5 de Abril - Reunião de Etapas da Catequese, na Igreja de S. José, às 21.30 h.
6 de Abril - Celebração da Reconciliação para as crianças da Catequese, na Igreja de S. José, às 18.00 h.
7 de Abril - Retiro da Quaresma do Centro Social.
7 de Abril - Reunião da Pastoral da Saúde , às 15.00 h, na Igreja de S. José.
8 de Abril - Oração com pais e adolescentes das 3ª e 4ª Etapas, na Igreja de S. José, às 21.30 h.
10 de Abril - Hora de Laudes, às 10.00 h, na Igreja de S. José.

Esta palavra do Evangelho de hoje, em que o Senhor cura este cego de nascença, faz-me pensar na minha vida, de quantas vezes eu preciso da mão do Senhor para tratar esta cegueira, que nem sempre me deixa ver o caminho certo, que me levará a bom porto, desviando-me por atralhos tortuosos, carregando as minhas dúvidas sobre qual será o sentido da minha vida.

Como posso eu duvidar do Amor do Senhor se nas minhas aflições tenho sentido que Ele não me abandona e quer o melhor para mim?

Senhor deixa que Te veja e que a minha Fé seja renovada, acreditando que estás sempre comigo e que nunca me abandonarás.

Maria Odete Correia
Leitora

IV Domingo da Quaresma

Lavei-me e comecei a ver.
          
Celebramos hoje o Domingo Laetare que nos convida a entrar na verdadeira alegria do Senhor que está no meio de nós para nos levar, nesta Páscoa, à Terra Prometida, a terra da verdadeira comunhão com Deus e com os irmãos, ao lugar onde seremos saciados pela abundante misericórdia de Jesus que dá a vida por nós e assim nos abre definitivamente as portas do Céu.

No Domingo passado Jesus revela-se como a Água Viva, a única capaz de saciar a nossa sede de felicidade. Hoje contemplamos Jesus como a Luz que ilumina o caminho do homem, o nosso caminho. O cego de nascença é figura de toda a humanidade que tacteia, neste mundo, como que às apalpadelas, o caminho da vida, caminho que só Deus nos pode desvendar.

O Evangelho deste Domingo evoca o itinerário dos catecúmenos, daqueles que procuram ser iluminados pela presença e pela experiência de Deus nas suas vidas. Vejamos a sua progressão para a fé plena e adulta: diante do milagre, o cego de nascença começa por se confessar beneficiário da misericórdia de Jesus, passando a reconhecê-l’O como Profeta, depois a atestar que Ele vem de Deus, e, por fim, a professar a fé explícita em Jesus como o Senhor, de tal modo que nos parece responder às perguntas rituais dos último escrutínio catecumenal.

Nesta Quaresma somos chamados a participar desta luz de Jesus. Como diz São Paulo na segunda leitura, “outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz”. Neste tempo de deserto gritemos ao Senhor, peçamos-lhe a graça de vivermos unidos a Ele para participarmos da sua luz. Sem Jesus na nossa vida mergulhamos nas trevas da frustração, da desilusão e da tristeza que são os prémios do pecado. Deixemos que a luz pascal ilumine os nossos caminhos e nos abra às realidades divinas que apontam para o alto.