sexta-feira, 1 de abril de 2011

IV Domingo da Quaresma

Lavei-me e comecei a ver.
          
Celebramos hoje o Domingo Laetare que nos convida a entrar na verdadeira alegria do Senhor que está no meio de nós para nos levar, nesta Páscoa, à Terra Prometida, a terra da verdadeira comunhão com Deus e com os irmãos, ao lugar onde seremos saciados pela abundante misericórdia de Jesus que dá a vida por nós e assim nos abre definitivamente as portas do Céu.

No Domingo passado Jesus revela-se como a Água Viva, a única capaz de saciar a nossa sede de felicidade. Hoje contemplamos Jesus como a Luz que ilumina o caminho do homem, o nosso caminho. O cego de nascença é figura de toda a humanidade que tacteia, neste mundo, como que às apalpadelas, o caminho da vida, caminho que só Deus nos pode desvendar.

O Evangelho deste Domingo evoca o itinerário dos catecúmenos, daqueles que procuram ser iluminados pela presença e pela experiência de Deus nas suas vidas. Vejamos a sua progressão para a fé plena e adulta: diante do milagre, o cego de nascença começa por se confessar beneficiário da misericórdia de Jesus, passando a reconhecê-l’O como Profeta, depois a atestar que Ele vem de Deus, e, por fim, a professar a fé explícita em Jesus como o Senhor, de tal modo que nos parece responder às perguntas rituais dos último escrutínio catecumenal.

Nesta Quaresma somos chamados a participar desta luz de Jesus. Como diz São Paulo na segunda leitura, “outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz”. Neste tempo de deserto gritemos ao Senhor, peçamos-lhe a graça de vivermos unidos a Ele para participarmos da sua luz. Sem Jesus na nossa vida mergulhamos nas trevas da frustração, da desilusão e da tristeza que são os prémios do pecado. Deixemos que a luz pascal ilumine os nossos caminhos e nos abra às realidades divinas que apontam para o alto.

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