sábado, 31 de dezembro de 2011

Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração.

Iniciamos hoje um novo ano com a alegria de termos sido visitados por Deus neste Natal. Foi-nos dada a contemplar a misericórdia de Deus que não hesitou em nascer na nossa escuridão para nos iluminar com a sua graça.

Ao longo deste novo ano seremos confrontados com inúmeros acontecimentos, tribulações, alegrias, etc., que para nós são Palavra do Senhor, são sinal do braço de Deus que nos conduz pela história. Com Maria somos convidados a guardar no coração estes acontecimentos, estas visitas de Deus. O início deste ano é marcado pela sombra da crise, pelo medo do futuro, mas para nós, que acreditamos em Deus e pomos n’Ele a nossa confiança, nada temos a temer.

Escutemos o que diz o Papa Bento XVI na mensagem para o dia de hoje, “Com que atitude devemos olhar para o ano novo? No Salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor «mais do que a sentinela pela aurora», aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia e salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e da economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia. Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista”.

Peçamos a intercessão da Mãe de Deus, roguemos-lhe que debruce o seu olhar maternal sobre as nossas tribulações e que nos conduza pelos caminhos do Seu Filho Jesus,
 
Votos de um Feliz Ano novo cheio da graça de Deus

sábado, 24 de dezembro de 2011

Migalhas para a noite de Natal


“Nesta noite, todos nos apercebemos que alguma coisa de grande deve ter acontecido no mundo. Somos atraídos por uma recordação, por uma recordação que não conseguimos esquecer. Ficamos fascinados com uma presença que nos transcende, mas que não podemos ignorar. Somos iluminados por uma estrela que se aproximou das nossas trevas e as iluminou para sempre.


Deus fez-se homem! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente preocupa-se connosco! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente cuida de nós! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente tem misericórdia de nós!


O Infinito ama-nos: esta é a grande notícia do Natal. Ama-nos a tal ponto que enviou o seu Filho a esta história traiçoeira e inóspita. Não, Deus não teve medo: enviou o Filho para o meio de nós, que já não somos filhos… porque nos ama, porque quer devolver-nos o coração dos filhos.


Gostava que o nosso primeiro sentimento fosse o sentimento da alegria, do reconhecimento, da bênção e da adoração. Como é maravilhoso o Natal! É a grande e maravilhosa notícia que nós vigiamos como um fogo que não se deve extinguir, como uma luz que deve iluminar-nos sempre.


Esta noite alguém abrirá a porta de casa, cheio de alegria, para acolher um «pobre»: é a porta de Belém, é a porta do coração de Deus que se tornou acessível, próximo como uma criança, para que nós não tivéssemos mais medo de Deus, para que nós deixássemos de sentir Deus como um Ser distante, mas o sentíssemos próximo, próximo por amor.


Que grande história, que bela história é o Natal! É a única história que resiste ao tempo: é como a fonte da aldeia que continua a dar água límpida para matar a sede da alma de todas as gerações dos homens”.


Cardeal Angelo Comastri, Prepara o berço: É Natal, Paulinas, 2006

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Santo e Feliz Natal Cheio das bênçãos do Deus Menino

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Olivais Sul deseja-lhe um Santo e Feliz Natal.

                                                                                    
“Esta é a nossa festa, isto celebramos hoje: a vinda de Deus ao meio dos homens, para que, também nós cheguemos a Deus…celebremos pois a festa: não uma festa popular, mas uma festa de Deus, não como o mundo quer, mas como Deus quer; não celebremos as nossas coisas mas as coisas daquele que é nosso Senhor”.
São Gregório de Nazianzo, Século IV



                                                                                             

Relembramos os horários das Celebrações da Eucaristia na Solenidade doNatal do Senhor:
0h – Missa da Noite na Igreja Paroquial

10h – Missa de Natal, Igreja de São José

11h30m – Missa de Natal, Igreja Paroquial

18h30m – Missa de Natal, Igreja Paroquial

sábado, 17 de dezembro de 2011

Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua Palavra.


Neste quarto Domingo do Advento somos conduzidos pelo Sim da Virgem Maria, coração dócil à vontade de Deus, campo fértil que acolhe a Palavra e dá Fruto novo para toda a humanidade. Maria foi eleita para ser a Mãe de Deus e a si mesmo se chama escrava, manifestando esta humildade sublime de quem sabe reconhecer que tudo vem de Deus e tudo volta para Ele.

David tinha a intenção de construir uma habitação de pedra que fosse morada e presença do Senhor no meio do seu povo mas Deus tem outros projectos: “Prepararei um lugar para o meu povo de Israel; e nele o instalarei para que habite nesse lugar, sem que jamais tenha receio”. Esse lugar que Deus preparou foi o seio imaculado da Virgem Maria que se denomina agora Arca da Nova Aliança. Maria, na sua humildade, transporta a Promessa de Deus no seu ventre; aceitando ser a Mãe do Salvador, prometido a David, encerra o longo período de expectativa da humanidade e pela fé, pelo seu fiat generoso, Deus habita verdadeiramente no meio do Seu Povo.

Porque a Deus nada é impossível, em Maria, a primeira entre os cristãos a comprometer-se na aventura da fé, nasce a Igreja, morada de Deus no meio dos homens. É na Igreja que hoje recebemos a graça de Deus, nos podemos transformar pela sua Palavra e podemos ver todas as promessas cumpridas e realizadas para nossa salvação.

Partindo da experiência de Maria, ao preparar este Natal, sou confrontado com a questão: onde preciso acolher o Menino? Em que dimensões concretas da minha vida, da minha história, há necessidade do Messias? Abramos-lhe as portas do nosso coração, de par em par, e façamos a experiência das verdadeira salvação. Não nos deixemos enganar pelas soluções rápidas e barulhentas mas entremos na aventura da humildade e do silêncio, as únicas que nos ajudarão a ver o Deus vivo no meio de nós!


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

No meio de vós está Alguém que não conheceis.

O Evangelho deste Domingo confronta-nos com a missão de João Baptista. “Quem és tu?”, perguntam-lhe os sacerdotes e os levitas. A resposta de João manifesta claramente a consciência da missão - “sou a voz que clama no deserto”, que prepara, anuncia a vinda do Messias. João Baptista apresenta-se a si mesmo como a voz que anuncia a Palavra, que a manifesta e a torna presente. Ser a voz de Cristo, o seu arauto, aquele que anuncia o Salvador do mundo e prepara a sua vinda: esta é a missão de João Baptista e, tal como ele, de todos os cristãos que acolheram a Vida no seu coração.

É inquietante a afirmação de João: “Está no meio de vós Alguém que não conheceis”. Impressiona porque ainda hoje muitos homens, bem perto de nós, nunca ouviram falar do Messias, muitos homens ainda não tiveram a oportunidade de se encontrar com o Deus Vivo e Verdadeiro. Por isso mesmo, João Baptista é hoje, para nós, ícone da missão da Igreja. Somos chamados a ser a voz, que proclama com a conversão diária, com a adesão a Cristo, a Vida que está no meio de nós.

Com a consciência de que não nos anunciamos a nós mesmos mas a Cristo que por nós deu a vida e fez brilhar a sua luz no meio de nós, acolhamos o convite de São Paulo que escutamos hoje na segunda leitura: “Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças a Deus em todas as circunstâncias. Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons proféticos; mas avaliai tudo, conservando o que for bom”.

Alegremo-nos irmãos porque Deus está no meio de nós. Preparemo-nos com seriedade para a vinda do Senhor que se manifestará para nós na paz e na graça. Deixemos que a Palavra nos converta e peçamos ao Senhor que fortaleça a nossa voz com a Palavra de Cristo que gera vida no coração dos crentes.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Solenidade da Imaculada Conceição

Ó Senhora imaculada, silenciosa,
de sorriso virginal,
frescura envolvida na canção formosa
do amanhecer inicial.

Senhora do vestido simples da graça
que íntima aurora Te deu,
florindo, sobre a luz da terra que passa,
à luz primeira do Céu.

Senhora, o teu celeste olhar de Padroeira
floresça em nosso interior,
abrindo a senda da pureza verdadeira
que nos conduza ao Senhor.

Celebramos a nossa Padroeira, Senhora da Conceição. Na nossa Comunidade os horários das Eucaristias serão os seguintes: Dia 7, 18h30m na Igreja de São José; Dia 8, 10h na Igreja de São José, 11h30m na Igreja Paroquial (celebração solenizada com a bênção das mães da nossa Paróquia) e 18h30m também na Igreja Paroquial.



Acolhamos o exemplo e a intercessão da nossa Padroeira, Virgem da Conceição, e peçamos-lhe a graça de escutar o seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor.






sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eis o vosso Deus. O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará!

Somos animados, neste segundo Domingo do Advento, pela confiança absoluta do Profeta na vinda do Senhor. O Senhor virá “como um pastor, apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as ovelhas ao seu descanso”.

Confortados pela certeza da vinda do Senhor, somos chamados a preparar o seu caminho, a endireitar as suas veredas, isto é, os caminhos tortuosos da nossa vida. Significa isto que o Advento é também um tempo de conversão, um tempo sério de escuta da Palavra que quer cair em terra boa, de diálogo com o Senhor, de vigilância porque não sabemos o dia nem a hora em que o Senhor passará.

Este não pode ser apenas mais um Advento na nossa vida (até porque não sabemos se será o último)! Somos chamados a combater a rotina espiritual e a caminhar com força e esperança que nos prepare para acolher o Menino que nascerá para nós. É urgente colocarmo-nos à escuta, é urgente fazermos um caminho de conversão, deixar que Deus entre com força na nossa vida e nos nossos projectos. São Pedro, na Carta que hoje escutamos, aponta-nos o caminho: “nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça. Portanto, enquanto esperais tudo isto, empenhai-vos, sem pecado nem motivo algum de censura, para que o Senhor vos encontre na Paz”.

Preparamo-nos para celebrar a Solenidade da Imaculada Conceição e da Virgem Santa Maria, nossa Padroeira, colhemos o testemunho e beneficiamos da sua intercessão. Peçamos-lhe pela nossa Comunidade, para que em cada um dos seus membros, encontre uma terra boa  e fértil que acolha com docilidade a Palavra do Seu Filho Jesus. Peçamos-lhe ainda que nos ajude nesta luta diária contra a sedução do mundo e que nos ajude a silenciar todos os barulhos e apelos que, neste tempo, nos afastam do projecto de Deus.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vigiai!

Oh se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam os montes!
É com este grito do Profeta Isaías que iniciamos mais um Advento na nossa vida, que acolhemos de novo o convite de Deus a rasgar o nosso coração para que Ele possa descer e habitar no meio de nós.

O Tempo do Advento é o tempo da Esperança fecunda. Sabemos que o Senhor já veio uma vez à história da humanidade, que agora se encontra connosco em cada tempo e em cada lugar e que virá, no fim dos tempos, para entregar tudo nas mãos do Pai. Celebrar o Advento é deixar que este encontro diário com o Senhor seja fecundo, uma porta aberta à vida nova que o Senhor nos quer conceder.

No tempo do Advento somos convidados a olhar, de um modo especial, para a Virgem Maria, mulher da esperança e da docilidade. No rosto e na obediência de Maria percebemos o dom do Acolhimento que não obstaculiza a Graça de Deus, pelo contrário, se deixa moldar por ela como o barro nas mãos do Oleiro. Vivamos em jubilosa esperança mais esta oportunidade que o Senhor nos concede de nos convertermos a Ele e à sua vontade, peçamos-lhe com fervor que venha à nossa vida, que não nos encontre adormecidos ou tíbios mas despertos para corrermos atrás dele.

Nestes tempo difíceis de preparação para o Natal somos ainda chamados a ser testemunho no meio do mundo. Vivemos com o olhar posto em Deus e na Vida Eterna e por isso acreditamos que Ele não foi de férias durante a crise; mas perante a loucura do mundo, com as suas luzes de Natal, brilhos e barulhos ensurdecedores, diante dos apelos constantes ao consumismo, somos chamados a estar também vigilantes na sobriedade, no olhar atento ao mais pequeno, na busca do mais importante neste tempo de Natal para o qual nos preparamos na fé e na esperança.

sábado, 19 de novembro de 2011

Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei-de encontrá-las.


Com a celebração da Solenidade de Cristo Rei, Senhor do Universo, terminamos este Domingo o Ano Litúrgico e por isso bendizemos a Deus pelas maravilhas que operou em nós e na nossa Comunidade. Com esta Solenidade proclamamos a centralidade de Cristo na vida e na acção da Igreja e damos-Lhe graças pela sua misericórdia e pela sua mão estendida sobre os nossos pecados, pela Palavra oferecida gratuitamente que nos abriu as portas da Vida, pelo dom do Seu Corpo e Sangue que nos amparou e alimentou no caminho, enfim, por ter vindo, Ele mesmo, à nossa procura, sobretudo quando estávamos mais frágeis e débeis.

Jesus inaugura, entre nós, uma nova realeza que não se enfeita com o poder mas que se adorna com o serviço e com a entrega da própria vida. Com efeito, o Rei do Universo, o nosso Bom Pastor, vai ao encontro das suas ovelhas, procura a que está tresmalhada, cura a que está ferida, alimenta a que está faminta - é este o Rei que celebramos hoje, Aquele que fez da Cruz o seu trono de glória e aí nos lavou os pés e nos deu a possibilidade de viver de novo.

Participantes da realeza de Cristo desde o dia do nosso baptismo, também nós somos chamados a partilhar da absoluta e radical disponibilidade de Jesus para servir os irmãos, dando atenção aos mais pequeninos e aos mais frágeis, não com palavras bonitas mas com a oferta da própria vida. Reinar com Cristo é isso mesmo, ir com Ele até ao dom de si mesmo e isso só será possível se vivermos n’Ele e com Ele. Peçamos à Virgem Maria, Rainha dos Céus, que nos conceda a graça de vivermos unidos ao Seu Filho para podermos reinar com Ele e participar da sua glória.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Foste fiel em coisas pequenas, vem tomar parte na alegria do teu senhor.

O Evangelho deste Domingo recorda-nos que o Senhor concede a todos os seus filhos talentos preciosos para a edificação do Corpo de Cristo, a Igreja, e para a construção do Reino de Deus. Os talentos que Deus nos confia nem sempre são coisas espectaculares. Na maioria das vezes até são as coisas pequeninas, é a simplicidade de uma vida entregue aos outros, a disponibilidade para o serviço ou o empenho na construção de um determinado projecto. É aí que descobrimos os talentos que Deus nos oferece gratuitamente e que somos chamados a colocá-los ao serviço dos irmãos.

Como o servo mau, também nós temos muitas vezes a tentação de esconder os talentos que o Senhor nos concede. Escondemos, guardamos, não os pomos a render porque somos preguiçosos e não nos queremos comprometer com a gratuidade nem nos queremos cansar. Neste Domingo o Senhor interpela-nos a pôr ao serviço do Reino e dos irmãos os dons que recebemos d’Ele com a promessa de virmos um dia a tomar parte na sua alegria.

Hoje a Igreja reza particularmente pelos seminários e pelas vocações sacerdotais. Um presbítero, independentemente das suas qualidades e aptidões, é sempre um dom de Deus à comunidade, um sinal da sua misericórdia e bondade. Deus dá-nos pastores segundo o Seu coração e edifica-nos com a Palavra e os Sacramentos através do seu ministério, da sua disponibilidade para o serviço, na fecundidade dos dons recebidos e esbanjados ao serviço dos irmãos.

Rezemos pois pelos seminaristas que Deus já nos deu e peçamos ao Céu a coragem para permanecerem firmes e alegres na esperança. Ousemos ainda pedir ao Senhor que olhe para a nossa comunidade e suscite aqui muitas e santas vocações sacerdotais.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.

À medida que nos aproximamos do final do Ano Litúrgico, a Palavra de Deus recorda-nos a necessidade de estarmos disponíveis para acolher a vinda do Senhor. Hoje escutamos a Parábola das virgens prudentes e das virgens insensatas, imagem dos cristãos que aguardam o seu Esposo na fé e na esperança da sua vinda gloriosa.


Jesus fala em Parábolas para explicar o Reino de Deus e no final exorta os seus discípulos: “Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora”. Com esta parábola, Jesus deseja incutir-nos a coragem para esperarmos, sem desfalecimento, o dia da sua vinda, ao mesmo tempo que nos exorta a estar de vigia, preparados para ir ao seu encontro. A lâmpada acesa é sinal disso mesmo; ela é, para nós, sinal da fé e da vigilância.


Vigiar significa também viver apaixonadamente na demanda da verdadeira sabedoria. É essa, afinal, a experiência dos santos. Cativados por Deus, porque “a sabedoria deixa-se ver facilmente àqueles que a amam”, o seu coração não se aquieta enquanto não a encontra. Significa ainda a procura da verdadeira Luz, a do Espírito Santo, que vivendo no mais íntimo de nós mesmos, nos conduz à verdadeira festa nupcial, aquela que Deus preparou para nós na Páscoa de Jesus e que não terá fim.


Iniciamos hoje a semana de oração pelos seminários. Acolhamos este convite da Igreja e rezemos pelos seminaristas para que o Senhor lhes conceda um coração de Pastor e os prepare para alimentar as multidões com a luz da fé, a sabedoria da Palavra e a graça dos sacramentos. Rezemos pelas nossas famílias para que sejam espaço de encontro com o Senhor, para que os jovens possam encontrar aí o apelo de Deus que os chama ao serviço do seu Reino e lhes ensine a alegria de dar a vida pelos irmãos. Rezemos particularmente pelo seminarista da nossa Paróquia, o João, e pelos três seminaristas que este ano partilham a sua vida com a nossa comunidade.


sábado, 29 de outubro de 2011

"Quem se exalta será humulhado e quem se humilha será exaltado"

Quem se exalta será humilhado
e quem se humilha será exaltado.

          
As últimas palavras do Evangelho deste Domingo chocam claramente com o nosso modo de vida, com a forma como nos habituamos a projectar a nossa existência.  A catequese do mundo, sedutora e muito eficaz, convida-nos a construir a nossa casa a partir da aparência e do brilho das coisas efémeras, a projectar a nossa vida na carreira, no prestígio, nos bens materiais e no bem-estar, mesmo que para tal seja necessário passar à frente de alguém. Homem feliz é sinónimo de homem de sucesso, bem instalado na vida. De tal forma nos habituamos a projectar a felicidade nas coisas menores que nos tornámos também menores, perdemos o horizonte para o qual fomos criados, a vida eterna, a comunhão plena com a Santíssima Trindade.

A sabedoria do Evangelho contraria claramente a do mundo - “Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”. Não estaremos nós a ver, actualmente, nos acontecimentos do mundo, na crise e nas suas consequências, o cumprimento desta Palavra? Nestes últimos anos habituamo-nos a cuidar da casa, do seu recheio, mas esquecemo-nos dos alicerces. Nas coisas pequenas e nas coisas grandes. Li, há dias, uma frase de São Josemaria Escrivá que nos ajuda a ver como é importante o discernimento e a humildade, como é fundamental conhecermos o nosso lugar e o dedo de Deus na nossa história: “Não queiras ser como aquele cata-vento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. Queira Deus que sejas sempre como um velho barrote oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa.”

Que o cântico da Virgem Maria nos inspire a não ter medo de baixar a cabeça, nos ajude a construir na rocha firme que é Cristo, porque o Senhor “derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes”.

sábado, 8 de outubro de 2011

Horários de Inverno

Iniciamos hoje o novo horário das celebrações da Eucaristia na nossa Paróquia. A partir deste Domingo, os horários serão os seguintes:

Igreja de São José
Sábado - Celebração Vespertina, 18h30m
Domingo - 10h
3ª a 6ª - 9h

Igreja Paroquial
Domingo - 12h e 18h30m
3ª a 6ª - 18h30m
Sábado - 9h

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Palavras do Papa Bento XVI na JMJ 2011: "Construir sobre a Rocha"

Na leitura que há pouco foi proclamada, ouvimos uma passagem do Evangelho onde se fala de acolher as palavras de Jesus e de as pôr em prática. Há palavras que servem apenas para entreter, e passam como o vento; outras instruem, sob alguns aspectos, a mente; as palavras de Jesus, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam estéreis e tornam-se efémeras; não nos aproximam d’Ele. E, deste modo, Cristo continua distante, como uma voz entre muitas outras que nos rodeiam e às quais estamos habituados. Além disso, o Mestre que fala não ensina algo que aprendeu de outros, mas o que Ele mesmo é, o único que conhece verdadeiramente o caminho do homem para Deus, pois foi Ele que o abriu para nós, que o criou para podermos alcançar a vida autêntica, a vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir. O Evangelho continua explicando estas coisas com a sugestiva imagem de quem constrói sobre a rocha firme, resistente às investidas das adversidades, contrariamente a quem edifica sobre a areia, talvez numa paisagem paradisíaca, poderíamos dizer hoje, mas que se desmorona à primeira rajada de ventos e fica em ruínas.

Queridos jovens, escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós «espírito e vida» (Jo 6, 63), raízes que alimentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz. Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o único Amigo que não engana e com o qual queremos partilhar o caminho da vida. Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o vazio e a frustração.

Queridos amigos, sede prudentes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros. Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobrirão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pessoa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito homem, que dá consistência a todo o universo. Ele morreu por nós e ressuscitou para que tivéssemos vida, e agora, junto do trono do Pai, continua vivo e próximo a todos os homens, velando continuamente com amor por cada um de nós.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Bento XVI ensina como aproveitar as férias


Bento XVI ensina como aproveitar as férias

Cultivando a amizade com Deus e os demais, a admiração pela natureza e a arte



Para desfrutar as férias, Bento XVI recomenda cultivar a amizade com Deus e com os demais e também exercitar a admiração pela natureza e a arte.



O padre Federico Lombardi, S.J., director da Sala de Imprensa da Santa Sé, recolheu os conselhos que o Papa vem dando nos últimos domingos, no Angelus, para quem entrou em um período de férias neste verão do hemisfério norte.



Antes de tudo, o pontífice convida “a utilizar estes dias para viver de uma maneira nova as relações com os demais e com Deus. Se se pode interromper o ritmo quotidiano frenético e cansativo, é bom tomar um pouco de tempo para os demais e para o Senhor”.



Em concreto, o Papa sugere levar na mala a Palavra de Deus, em particular o Evangelho, recorda o padre Lombardi, no editorial da mais recente edição de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano.



O Papa convida ainda a contemplar a criação ao nosso redor, a admirar a beleza e estremecer-se diante da maravilha que faz pressentir a presença e a grandeza do Criador.



“É um dom magnífico, que há que observar com a atenção com a qual Jesus a observava, que sabia interpretar a linguagem e os sinais. Um dom que se deve respeitar, guardar, proteger, pelo qual somos responsáveis perante Deus, perante os demais, diante da humanidade do futuro”, afirma Lombardi.



Finalmente, o Papa convida os viajantes e peregrinos a descobrirem com curiosidade inteligente e profunda os monumentos da história cristã como testemunhos de cultura e de fé, autêntico património espiritual de laços com nossas raízes, lugares – como as catedrais ou as abadias – em que a beleza ajuda a reconhecer a presença de Deus.



Ao contemplar esses lugares de surpreendente beleza – recorda o porta-voz –, Bento XVI “convida à oração pela humanidade em caminhada no terceiro milénio”.



Neste domingo, 24 de Julho, falando em francês, o Papa deu um novo conselho. Convidou a “aproveitar o período em férias para buscar a Deus e pedir-lhe que nos liberte de tudo que nos atrapalha inutilmente”.



“Peçamos portanto um coração inteligente e sábio que saiba encontrá-lo”, concluiu o Papa.



(notícia retirada de www.zenit.org)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Domingo XIII do Tempo Comum


Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim.
Quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la.
             
             
No final deste ano pastoral regressamos, com a Liturgia deste Domingo, ao coração da fé cristã; viver com Cristo, participar da sua morte e ressurreição, como escutamos São Paulo aos Romanos, é o caminho que nos conduz à verdadeira felicidade, à vida plena que Deus tem reservada para nós: “sepultados com Cristo pelo Baptismo, vivamos uma vida nova”.

E partimos para férias com este desafio da Palavra que é, afinal, o desafio de sempre: a aventura da conversão, a ousadia de acreditar mais em Deus e no seu plano do que nas minhas forças e nos meus projectos. A Cruz de Cristo continua hoje a ser uma loucura porque andamos sempre em busca de caminhos mais fáceis, mais razoáveis, mais à nossa medida. Mas o plano de Deus não é à nossa medida porque nos quer levar onde as nossas forças não conseguem, onde as nossas ideias não alcançam, onde as nossas quimeras não penetram. Deus que levar-nos ao Céu e para entrar pela Porta só há uma escada: a cruz!

A cruz não é uma escola de força mas de humildade. Na Cruz gloriosa do Senhor Ressuscitado está a nossa esperança porque na humildade de Cristo se revela o poder e a misericórdia do Pai. Também na nossa peregrinação, na nossa cruz, não somos chamados a medir forças com Deus, não se trata de avaliar a nossa resistência ao sofrimento, mas a reconhecer humildemente que estamos nas suas mãos, que Ele é o Senhor da nossa história. Por isso mesmo, em cada cruz que Deus permite na nossa vida, está escondido o convite a voltarmo-nos para Ele, a encontrarmos n’Ele a nossa força e o nosso refúgio. Viver a cruz sem estar unido a Deus, isso sim, é uma perfeita loucura.

Neste tempo em que não estamos tão absorvidos pelas múltiplas tarefas do dia-a-dia, aproveitemos para encontrar na Palavra e na intimidade com Deus, na oração, um espaço privilegiado para estar no colo de Deus, reconhecendo na sua presença e na sua amizade a fonte da nossa alegria.

Ressonância do Evangelho

“Quem amar o pai ou a mãe mais do que a Mim, não e digno de Mim” […] «Aquele que tenta conservar para si a vida, perdê-la-á.»

Jesus foi o primeiro a «perder a sua vida» e a recebê-la de novo, glorificada. Aqui, perder a vida significa usar de desapego na relação com os outros, deixar pai, deixar mãe, filhos, mulher/marido tomar a sua cruz e seguir Jesus. É despojar-se, ser generoso de coração, implica um secreto sofrimento, exige a crucificação de toda e qualquer complacência do amor-próprio, a renúncia à nossa independência egoísta.

Assumir Cristo como centro da nossa existência e ser coerentes nos actos de amor para com o nosso próximo, é a responsabilidade do cristão, porque só vivendo um amor como Jesus fará crescer em nós a vida. Este amor transforma todos a quem toca e fá-los experimentar a alegria de se sentirem realizados.

É passar pela vida fazendo o bem, não esquecendo ninguém nem os inimigos, aqueles com quem travamos conhecimento todos... é fundamental que façamos qualquer coisa por todos eles, segundo as nossas possibilidades, esgotando-as.

Maria da Glória Cerqueira

Catequista