sábado, 24 de dezembro de 2011

Migalhas para a noite de Natal


“Nesta noite, todos nos apercebemos que alguma coisa de grande deve ter acontecido no mundo. Somos atraídos por uma recordação, por uma recordação que não conseguimos esquecer. Ficamos fascinados com uma presença que nos transcende, mas que não podemos ignorar. Somos iluminados por uma estrela que se aproximou das nossas trevas e as iluminou para sempre.


Deus fez-se homem! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente preocupa-se connosco! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente cuida de nós! O Infinito, o Eterno, o Omnipotente tem misericórdia de nós!


O Infinito ama-nos: esta é a grande notícia do Natal. Ama-nos a tal ponto que enviou o seu Filho a esta história traiçoeira e inóspita. Não, Deus não teve medo: enviou o Filho para o meio de nós, que já não somos filhos… porque nos ama, porque quer devolver-nos o coração dos filhos.


Gostava que o nosso primeiro sentimento fosse o sentimento da alegria, do reconhecimento, da bênção e da adoração. Como é maravilhoso o Natal! É a grande e maravilhosa notícia que nós vigiamos como um fogo que não se deve extinguir, como uma luz que deve iluminar-nos sempre.


Esta noite alguém abrirá a porta de casa, cheio de alegria, para acolher um «pobre»: é a porta de Belém, é a porta do coração de Deus que se tornou acessível, próximo como uma criança, para que nós não tivéssemos mais medo de Deus, para que nós deixássemos de sentir Deus como um Ser distante, mas o sentíssemos próximo, próximo por amor.


Que grande história, que bela história é o Natal! É a única história que resiste ao tempo: é como a fonte da aldeia que continua a dar água límpida para matar a sede da alma de todas as gerações dos homens”.


Cardeal Angelo Comastri, Prepara o berço: É Natal, Paulinas, 2006

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