sexta-feira, 24 de junho de 2011

Domingo XIII do Tempo Comum


Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim.
Quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la.
             
             
No final deste ano pastoral regressamos, com a Liturgia deste Domingo, ao coração da fé cristã; viver com Cristo, participar da sua morte e ressurreição, como escutamos São Paulo aos Romanos, é o caminho que nos conduz à verdadeira felicidade, à vida plena que Deus tem reservada para nós: “sepultados com Cristo pelo Baptismo, vivamos uma vida nova”.

E partimos para férias com este desafio da Palavra que é, afinal, o desafio de sempre: a aventura da conversão, a ousadia de acreditar mais em Deus e no seu plano do que nas minhas forças e nos meus projectos. A Cruz de Cristo continua hoje a ser uma loucura porque andamos sempre em busca de caminhos mais fáceis, mais razoáveis, mais à nossa medida. Mas o plano de Deus não é à nossa medida porque nos quer levar onde as nossas forças não conseguem, onde as nossas ideias não alcançam, onde as nossas quimeras não penetram. Deus que levar-nos ao Céu e para entrar pela Porta só há uma escada: a cruz!

A cruz não é uma escola de força mas de humildade. Na Cruz gloriosa do Senhor Ressuscitado está a nossa esperança porque na humildade de Cristo se revela o poder e a misericórdia do Pai. Também na nossa peregrinação, na nossa cruz, não somos chamados a medir forças com Deus, não se trata de avaliar a nossa resistência ao sofrimento, mas a reconhecer humildemente que estamos nas suas mãos, que Ele é o Senhor da nossa história. Por isso mesmo, em cada cruz que Deus permite na nossa vida, está escondido o convite a voltarmo-nos para Ele, a encontrarmos n’Ele a nossa força e o nosso refúgio. Viver a cruz sem estar unido a Deus, isso sim, é uma perfeita loucura.

Neste tempo em que não estamos tão absorvidos pelas múltiplas tarefas do dia-a-dia, aproveitemos para encontrar na Palavra e na intimidade com Deus, na oração, um espaço privilegiado para estar no colo de Deus, reconhecendo na sua presença e na sua amizade a fonte da nossa alegria.

Ressonância do Evangelho

“Quem amar o pai ou a mãe mais do que a Mim, não e digno de Mim” […] «Aquele que tenta conservar para si a vida, perdê-la-á.»

Jesus foi o primeiro a «perder a sua vida» e a recebê-la de novo, glorificada. Aqui, perder a vida significa usar de desapego na relação com os outros, deixar pai, deixar mãe, filhos, mulher/marido tomar a sua cruz e seguir Jesus. É despojar-se, ser generoso de coração, implica um secreto sofrimento, exige a crucificação de toda e qualquer complacência do amor-próprio, a renúncia à nossa independência egoísta.

Assumir Cristo como centro da nossa existência e ser coerentes nos actos de amor para com o nosso próximo, é a responsabilidade do cristão, porque só vivendo um amor como Jesus fará crescer em nós a vida. Este amor transforma todos a quem toca e fá-los experimentar a alegria de se sentirem realizados.

É passar pela vida fazendo o bem, não esquecendo ninguém nem os inimigos, aqueles com quem travamos conhecimento todos... é fundamental que façamos qualquer coisa por todos eles, segundo as nossas possibilidades, esgotando-as.

Maria da Glória Cerqueira

Catequista


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Arraial 2011


Este fim-de-semana, 24 e 25 de Junho temos arraial na nossa Paróquia, no adro da Igreja de São José.





Sexta e Sábado, a partir das 19h com
  • sardinhas,
  • porco no espeto
  • caldo verde
  • arroz doce
  • e muito mais....
  • e também muita animaçao
As receitas do arraial revertem a favor das obras da Igreja de São José e do Centro Social.
Ficamos à tua espera!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo

 
Na festa de Corpus Christi olhamos sobretudo para o sinal do pão. Ele recorda-nos também a peregrinação de Israel durante os quarenta anos no deserto. A Hóstia é o nosso maná com o qual o Senhor nos alimenta. É verdadeiramente o pão do céu, mediante o qual Ele se doa a si mesmo. Na procissão nós seguimos este sinal e assim seguimos o próprio Deus.

E imploramos-lhe: guia-nos pelos caminhos desta nossa história! Mostra sempre de novo à Igreja e aos seus Pastores o caminho justo! Olha para a humanidade que sofre, que vagueia insegura entre tantas interrogações; olha para a fome física e psíquica que a atormenta! Concede aos homens pão para o corpo e para a alma! Dá-lhe trabalho! Concede-lhe luz! Concede-te a ti mesmo a ela!

Purifica e santifica todos nós! Faz-nos compreender que só mediante a participação na tua Paixão, mediante o "sim" à cruz, à renúncia, às purificações que nos impões, a nossa vida pode amadurecer e alcançar o seu verdadeiro cumprimento. Reúne-nos de todos os confins da terra. Une a tua Igreja, une a humanidade dilacerada! Concede-nos a tua salvação! Amen! (Papa Bento XVI)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Domingo da Santíssima Trindade


A graça do Senhor Jesus Cristo,
o amor do Pai
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
          

No Livro do Êxodo, que hoje escutamos, é o próprio Deus que revela a Moisés o Seu nome. O Eterno, o Invisível, o Indizível, apresenta-se como o “Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade”. No Evangelho São João resume esta expressão com uma única palavra: Amor. É, afinal,  o que Jesus diz a Nicodemos: “Deus amou tanto o mundo que entregou o Seu Filho Unigénito”. Na Palavra deste Domingo contemplamos um Deus que não se fecha em Si mesmo mas que é vida e que deseja comunicar-se numa relação concreta com cada homem. Como diz o Papa Bento XVI, “todas as palavras como misericordioso, clemente e cheio de bondade falam-nos de uma relação, em particular de um Ser vital que se oferece, que deseja preencher todas as lacunas, todas as faltas, que quer doar e perdoar, que deseja estabelecer um vínculo sólido e duradouro com o homem”.

Jesus Cristo revela-nos não apenas o Nome de Deus mas o Seu rosto, uno na sua essência e trino nas Pessoas; Deus é amor: O Pai entrega o Filho por amor, o Filho dá a vida pela humanidade por amor e o Espírito Santo desce sobre a Igreja para prolongar a Páscoa de Jesus na vida dos Filhos de Deus por amor. E é precisamente em Nome deste Deus que Paulo saúda as comunidades de Corinto, saudando-nos também a todos nós: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”.

Hoje celebramos a dia da Igreja Diocesana. Reunidos pela Santíssima Trindade somos convidados a construir a Igreja de Jesus Cristo em Lisboa, com o Bispo e todas as forças vivas da Diocese. Que o Senhor desperte em nós o desejo de servir esta Igreja de Lisboa na comunhão de vida e na entrega generosa aos irmãos.

Ressonância do Evangelho

Neste Domingo da Santíssima Trindade, sou confrontada com a força destas palavras e fico em silêncio como Nicodemos.
No acontecimento da salvação, Deus revela-me não só o amor infinito que tem por cada um de nós, mas também o valor que cada irmão tem na minha vida: é preciso que reconheça Jesus Cristo em cada um daqueles que partilha o seu espaço e o seu tempo comigo.
Com as suas obras, Deus mostra-se, e quanto mais O conheço, melhor compreendo o Seu agir. O amor é a única resposta que poderei dar a esta”loucura” de Deus!
Hoje rezo para que as três Pessoas Divinas me auxiliem no caminho de “descoberta” de Deus, a fim de que a minha vida, vivida na “graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor do Pai e na comunhão do Espírito Santo”, seja um sinal de Deus para todos os que me rodeiam.
Vera Rocha
2ª Comunidade Neocatecumenal MEC

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Santo António de Lisboa: "A linguagem é viva, quando falam as obras"









Celebramos hoje a Solenidade de Santo António, Padroeiro secundário de Portugal e Padroeiro principal da Cidade de Lisboa. Santo António nasceu em Lisboa no final do Século XII. Foi recebido entre os Cónegos Regulares de Santo Agostinho e pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos de África. Mas foi em França e na Itália que ele exerceu com grande fruto o ministério da pregação e converteu muitos homens à fé cristã. Escreveu vários sermões cheios de sabedoria e eis um extracto de em deles:





"Quem está cheio do Espírito Santo fala várias línguas. Estas várias línguas são os vários testemunhos de Cristo, como a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos com estas virtudes, quando as praticamos na nossa vida. A linguagem é viva, quando falam as obras. Calem-se, portanto, as palavras e falem as obras. De palavras estamos cheios, mas de obras vazios".

Oremos
Deus eterno e todo-poderoso, que em Santo António destes ao vosso povo um pregador insigne do Evangelho e um poderoso intercessor junto de Vós, concedei que, pelo seu auxílio, sigamos fielmente os ensinamentos da vida cristã e mereçamos a vossa protecção em todas as adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Domingo de Pentecostes

Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós:
Recebei o Espírito Santo.

Celebramos hoje o Pentecostes, a descida do Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo em oração. Celebramos o dom de Deus que habita nos nossos corações desde o dia do nosso baptismo, o fruto precioso da Páscoa de Jesus que permanece em nós como penhor de tudo quanto o Ele fez por nós. É o Espírito Santo que hoje nos leva ao Pai, que nos dá a força de Jesus e nos convida a prolongar no mundo a Boa Nova do Reino, que suscita na Igreja Arautos e Testemunhas do Evangelho.

Há dias, ao navegar na internet, encontrei uma oração ao Espírito Santo que hoje partilho convosco:


          Vinde, Espírito Santo, terníssimo Consolador. Minha alma suspira por Vós. Meu coração tem sede de Vós. Só Vós podeis saciar os meus anseios, só Vós podeis fazer-me feliz. Divino Esposo, não rejeiteis a morada do meu pobre coração.
Sim,
Meu coração é impuro, mas podeis purificá-lo.
Meu coração é tenebroso, mas podeis iluminá-lo.
Meu coração é mau, mas podeis saciá-lo de amor.
Meu coração é triste, mas podeis consolá-lo.
Meu coração é fraco, mas podeis fortalecê-lo.
Meu coração é frio, mas podeis abrasá-lo.
Meu coração está agarrado às coisas materiais, mas podeis enchê-lo de desejo do Céu.
Meu coração é pecador, mas podeis orná-lo de todas as virtudes.
Meu coração é inconstante, mas podeis torná-lo perseverante.
Vinde, pois, ó Espírito Santo, Pai dos pobres,
Vinde, inundai-me do Vosso Amor.

Ressonância do Evangelho

O Evangelho do Pentecostes deixa-me sempre a pensar em como muitas vezes também tenho medo, tal como os discípulos. Muitas vezes fecho-me ao mundo exterior ou deixo-me embrenhar por ele, sem me aperceber que mesmo não estando a fazer nada de mal, não estou a fazer aquilo que Deus me pede.

Por isso é importante que esteja sempre aberto a receber Jesus em “minha casa”, a deixar o Espírito Santo actuar em mim, tal como os discípulos fizeram e enfrentaram os seus medos.

Este Evangelho faz-me lembrar que devo ser como os discípulos e ultrapassar o medo do que me rodeia, encher-me do Espírito Santo e, tal como eles anunciar a Palavra de Deus e fazer como Ele nos ensinou.
Davide Raposo
Catequista e Grupo de Jovens

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Palavras do Papa Bento XVI aos jovens reunidos em Vigília em Zagreb (4 de Junho de 2001)

Queridos amigos,
 a juventude é um tempo que o Senhor vos dá, para poderdes descobrir o significado da vida!

É o tempo dos grandes horizontes, dos sentimentos vividos com intensidade, mas também dos medos de decisões que comprometem para sempre, das dificuldades no estudo e no trabalho, das questões levantadas pelo mistério da dor e do sofrimento.

Mais ainda, este tempo estupendo da vossa vida traz consigo um anseio profundo, que não anula tudo o resto, mas eleva-o para lhe dar plenitude. No Evangelho de João, Jesus, dirigindo-Se aos seus primeiros discípulos, pergunta: «Que procurais?» (Jo 1, 38).
Queridos jovens, esta palavra, esta pergunta atravessa o tempo e o espaço, interpelando cada homem e cada mulher que se abre para a vida e procura o caminho justo... E - coisa surpreendente! - a voz de Cristo repete também a vós: «Que procurais?». Jesus fala-vos hoje: por meio do Evangelho e do Espírito Santo, Ele torna-Se vosso contemporâneo.

É Ele que vos procura, ainda antes de O procurardes vós! Respeitando plenamente a vossa liberdade, aproxima-Se de cada um de vós e propõe-Se a Si mesmo como a resposta autêntica e decisiva para aquele anseio que habita no vosso ser, para o desejo de uma vida que valha a pena ser vivida. Deixai que Ele vos tome pela mão!

Deixai-O entrar cada vez mais como amigo e companheiro do vosso caminho! Confiai n’Ele, não vos desiludirá jamais. Jesus faz-vos conhecer de perto o amor de Deus-Pai, faz-vos compreender que a vossa felicidade se realiza na amizade com Ele, na comunhão com Ele, porque fomos criados e salvos por amor e, só no amor – um amor que quer e procura o bem do outro –, experimentamos verdadeiramente o sentido da vida e sentimo-nos contentes de viver, mesmo no meio das canseiras, das provas, das desilusões, mesmo indo contra corrente.

Queridos jovens, enraizados em Cristo, podereis viver em plenitude aquilo que sois. Como sabeis, sobre este tema elaborei a minha Mensagem para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que nos verá reunidos no mês de Agosto em Madrid e para a qual nos encaminhamos. Parti desta expressão incisiva de São Paulo: «Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (Col 2, 7).

Crescendo na amizade com o Senhor, através da sua Palavra, da Eucaristia e da pertença à Igreja, com a ajuda dos vossos sacerdotes, podereis testemunhar a todos a alegria de ter encontrado Aquele que sempre vos acompanha e chama a viver cheios de confiança e esperança.

O Senhor Jesus não é um Mestre que ilude os seus discípulos: diz claramente que caminhar com Ele requer o compromisso e o sacrifício pessoal, mas vale a pena! Queridos jovens, não vos deixeis desorientar por sedutoras promessas de sucesso fácil, de estilos de vida que privilegiam a fachada em detrimento da interioridade. Não cedais à tentação de depositar absoluta confiança no ter, nas coisas materiais, renunciando a enxergar a verdade que está mais além, como uma estrela alta no céu, para onde Cristo vos quer conduzir. Deixai-vos guiar para as alturas de Deus!

Palavras do Papa Bento XVI às Famílias (Zagreb, 5 de Junho de 2011)


Queridos pais, empenhai-vos sempre em ensinar os vossos filhos a rezar, e rezai com eles; aproximai-os dos Sacramentos, especialmente da Eucaristia; introduzi-os na vida da Igreja; na intimidade doméstica, não tenhais medo de ler a Sagrada Escritura, iluminando a vida familiar com a luz da fé e louvando a Deus como Pai. Sede uma espécie de Cenáculo em miniatura, como o de Maria e dos discípulos, onde se vive a unidade, a comunhão, a oração.

Hoje, graças a Deus, muitas famílias cristãs vão adquirindo cada vez maior consciência da sua vocação missionária, e comprometem-se seriamente dando testemunho de Cristo Senhor. O Beato João Paulo II fez questão de salientar: «Uma família autêntica, fundada no matrimónio, é em si mesma uma “boa notícia” para o mundo». E acrescentou: «No nosso tempo, são cada vez mais numerosas as famílias que colaboram activamente na evangelização (…). Amadureceu na Igreja a hora da família, que é também a hora da família missionária».

Na sociedade actual, é muito necessária e urgente a presença de famílias cristãs exemplares. Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa, o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e a uma crescente desagregação da família. Absolutiza-se uma liberdade sem compromisso com a verdade, e cultiva-se como ideal o bem-estar individual através do consumo de bens materiais e de experiências efémeras, descuidando a qualidade das relações com as pessoas e os valores humanos mais profundos; reduz-se o amor a mera emoção sentimental e à satisfação de impulsos instintivos, sem empenhar-se por construir laços duradouros de mútua pertença e sem abertura à vida. Somos chamados a contrastar esta mentalidade. A par da palavra da Igreja, é muito importante o testemunho e o compromisso das famílias cristãs, o seu testemunho concreto, sobretudo para afirmar a intangibilidade da vida humana desde a concepção até ao seu fim natural, o valor único e insubstituível da família fundada no matrimónio e a necessidade de disposições legislativas que sustentem as famílias na sua tarefa de gerar e educar os filhos.

Queridas famílias, sede corajosas! Não cedais à mentalidade secularizada que propõe a convivência como preparação ou mesmo substituição do matrimónio. Mostrai com o vosso testemunho de vida que é possível amar, como Cristo, sem reservas, que não é preciso ter medo de assumir um compromisso com outra pessoa. Queridas famílias, alegrai-vos com a paternidade e a maternidade! A abertura à vida é sinal de abertura ao futuro, de confiança no futuro, tal como o respeito da moral natural, antes que mortificar a pessoa, liberta-a. O bem da família é igualmente o bem da Igreja. Quero repetir aqui o que disse um dia: «A edificação de cada uma das famílias cristãs situa-se no contexto daquela família mais ampla que é a Igreja, a qual a sustenta e leva consigo. (…) E, vice-versa, a Igreja é edificada pelas famílias, pequenas Igrejas domésticas»Peçamos ao Senhor que cada vez mais as famílias se tornem pequenas Igrejas e as comunidades eclesiais sejam cada vez mais família.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alteração dos horários das celebrações neste fim-de-semana

Esta semana teremos algumas alterações nos horários das celebrações.

No Sábado, a Missa Vespertina será celebrada na Igreja Paroquial e não na Igreja de São José. Serão crismados alguns jovens da nossa comunidade nesta celebração que será presidida pelo Sr. Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes.

No Domingo haverá celebração da Eucaristia às 9h na Igreja de São José e às 11h30 na Igreja Paroquial com as primeiras comunhões das crianças da nossa catequese. Depois haverá celebração às 18h30m na Igreja Paroquial como habitualmente.

Santo Domingo!

Diálogo da Ascensão do Senhor

Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.

Quarenta dias depois da Páscoa celebramos hoje a Ascensão do Senhor aos Céus e a oração colecta desta Solenidade ajuda-nos a entrar no mistério que celebramos:  “fazei-nos exultar em santa alegria e filial acção de graças, porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória como nossa Cabeça, para aí nos chama como membros do seu Corpo”.

Também São Paulo, na Carta aos Efésios, nos recorda a esperança a que fomos chamados. Subindo aos céus como o primogénito dos mortos, Jesus arrasta consigo todos aqueles que o Pai lhe deu. É admirável este mistério - o Verbo que estava junto do Pai desceu dos céus, fez-se homem, morreu por nós e agora, depois de ressuscitado abre-nos a possibilidade de subir aos Céus, onde Ele está sentado à direita do Pai.

A celebração da Ascensão desvela-nos assim o futuro, a meta da nossa peregrinação; não caminhamos para o fim da vida nem para o absurdo do vazio sem sentido mas para o Céu, para a vida que não tem fim, para o lugar que Jesus nos preparou junto do Pai. Esta certeza da meta feliz pode transformar toda a nossa vida com critérios novos, escolhas fecundas, passos seguros.

No Domingo passado Jesus promete aos seus discípulos um outro defensor e hoje assegura-nos que estará connosco até ao fim dos tempos. A ascensão não significa uma ausência de Deus, pelo contrário, o Senhor nunca nos abandona porque Ele é, pela ressurreição, o Senhor que domina o céu e a terra e continua presente e activo no meio de nós pelo seu Espírito que está na Igreja: na sua Palavra, nos sacramentos e na comunhão entre os irmãos. Daí a necessidade de anunciar a todos os homens que Jesus está vivo e ressuscitado, como escutávamos no Evangelho. A urgência da missão brota desta certeza de que Jesus está no meio de nós, caminha ao nosso lado até ao fim dos tempos.

Ressonância do Evangelho

O Evangelho do Domingo da Ascensão do Senhor interpela-me para o apelo que Cristo me faz. Jesus convida-me a anunciar o seu reino de amor, no meu dia-a-dia, em minha casa, no meu trabalho, com amigos ou simples desconhecidos. Pede-me que o faça com palavras e gestos... mas sobretudo pede-me que o faça com o coração pois só assim consigo fazer acontecer Cristo no coração das pessoas.
E apesar da azáfama quotidiana, a convicção de que Ele deixou de estar connosco para estar em nós, impele-me a segui-lo e ultrapassar as tentações vãs.

Cristo compromete!  E eu, como crismada, sou convidada a ser instrumento da Sua Palavra que procura evangelizar, dentro e fora da comunidade, e dar a conhecer o Seu amor.
Que eu saiba responder ao seu apelo com a convicção de que Ele estará connosco, todos os dias, até ao fim do mundo.
Sandra Semitela Morais,
Catequista