sexta-feira, 25 de março de 2011

III Domingo da Quaresma


Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede:
a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna.
          
Estamos a meio do caminho quaresmal e a história da Samaritana que hoje escutamos no Evangelho recorda-nos que neste itinerário é a Palavra de Jesus, o encontro com o Deus vivo, que sacia a sede de felicidade e de plenitude que esperamos celebrar nesta Páscoa. Neste encontro de Jesus com a Samaritana espelham-se todos aqueles que, estando longe de Deus, ao escutarem a sua Palavra, sentem nascer dentro de si a sede nunca antes experimentada do dom de Deus, sede que só o Senhor pode saciar porque Ele é a fonte da água viva.

Como diz o Papa Bento XVI na sua mensagem para esta quaresma, “o pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-me de beber», exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna»: é o dom do Espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade». Só esta agia pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e satisfeita”.

O fruto da Páscoa de Jesus é o Espírito Santo que actualiza em nós e para nós, na nossa vida concreta, o mistério do Deus vivo. Como nos diz São Paulo na Carta aos Romanos, “a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. É este amor que nos faz sair de nós mesmos, que nos arranca do pecado e da amargura a que ele conduz e nos possibilita entrar na vida eterna prometida por Jesus à Samaritana e a cada um de nós.

Que o Senhor nos conduza, nesta Quaresma, pelos caminhos da verdadeira conversão, nos ajude a mudar de vida e de mentalidade para podermos colher e saborear os frutos da Páscoa Eterna.

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