sexta-feira, 18 de março de 2011

Diálogo do II Domingo da Quaresma

O rosto de Jesus ficou resplandecente como o sol
e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
             
Escutamos hoje a Transfiguração de Jesus no Evangelho de São Mateus, a revelação antecipada da sua glória. São Lucas relata-nos que no monte, lugar da particular proximidade com Deus, Jesus entrou em diálogo com o Pai e, enquanto orava, transfigurou-se à vista dos discípulos. Assim, na transfiguração, um acontecimento que nasce da oração, “torna-se visível o que acontece no diálogo de Jesus com o Pai: a íntima compenetração do seu ser com Deus, que se torna pura Luz. Sendo Ele um só com o Pai, o próprio Jesus é Luz da Luz” (Bento XVI, Jesus de Nazaré, 385).

Mas a transfiguração de Jesus, como revelação da sua gloriosa ressurreição, fala também de nós e do nosso futuro. Em Cristo transfigurado podemos antever, desde já, a vida e a imortalidade a que somos chamados, confessamos a glória do Filho de Deus que se há-de revelar em nós próprios, e animamo-nos a subir, durante este tempo da Quaresma, até à transfiguração pascal, que Deus dará a quem escutar e seguir Jesus. Neste sentido, diz o Papa, “o traje de Jesus, branco como a luz durante a transfiguração, fala também do nosso futuro” (ibidem).

Durante estes dias da Quaresma somos chamados a acolher a Palavra de Deus como alimento sólido e a fazer dela o centro da nossa oração. Só acolhendo a Palavra no íntimo do coração podemos responder a Deus na obediência e na fidelidade da fé, como vemos hoje em Abraão, na primeira leitura. Abraão escutou a voz de Deus e pôs-se a caminho, confiado, não nas suas próprias forças, mas na fidelidade d’Aquele que o chamou. É assim, também connosco, em cada Quaresma. Somos chamados a sair do nosso pecado, do modo antigo de proceder e convidados a abraçar a surpresa de Deus que nos convida à renovação e à transformação do coração e da vida toda. Se arriscares no Senhor participarás na sua glória e serás, também tu, chamado a abraçar a vida eterna e a participar na Luz de Cristo.

1 comentário:

  1. Não é preciso orar, pedir, suplicar ou clamar por Ele:
    Ele sabe quando Sua Sagrada Acção é necessária.
    Apenas entregue-se ao Grande Poder do Divino Pai.

    Antes de dormir diga-Lhe tão somente:
    "Pai, já não consigo mais carregar este fardo e o entrego a Ti".

    Depois descanse...e confie...e durma em Paz.


    Confie em Deus.

    Nesta altura tão difícil para mim, e porque confio, não nas minhas forças mas em Deus, peço que nos vossas orações intercedam por uma Família que acolhemos na casa da minha Mãe com todo o amor, carinho e Fé no Senhor.

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