sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Eles foram ver onde morava e ficaram com Jesus.

Vendo Jesus que passava, João Baptista desperta a curiosidade dos discípulos apontando para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. No início do Tempo Comum, o Evangelho recorda-nos que, em cada Domingo, Páscoa semanal, celebramos a vida entregue do Cordeiro, celebramos o fruto da Sua obediência ao Pai - Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade, cantamos nós no salmo responsorial.

À pergunta dos discípulos - onde moras? -, Jesus responde com um convite: vinde ver. E os discípulos viram isso mesmo: Jesus mora no Pai, quer dizer, Jesus está constantemente no Pai, na Sua vontade, no Seu coração. Estar com o Pai é o segredo de Jesus, é, no fundo, o “Aqui estou” que cantamos no Salmo 39. Com Jesus, os discípulos aprendem que na intimidade do Pai se resolve a vida. É por isso que deste encontro dos discípulos com Jesus nasce um novo dia, era por volta das quatro horas da tarde. Na maneira israelita de contar os dias, as quatro horas da tarde significam o nascer do novo dia. Aqui é do encontro com Jesus que nasce uma nova maneira de ver a vida, de contar o tempo e de dar sentido a esse tempo.

Numa altura em que a Igreja fala da necessidade de uma nova evangelização e em que já se desenham novas estratégias pastorais para dar corpo a esse imperativo, o evangelho mostra-nos que é do encontro com Jesus e com a novidade de Jesus que nasce o ardor pelo anúncio da Boa Nova. André esteve com Jesus um dia e recebeu tanto desse encontro que foi a correr ter com Pedro para o levar a Jesus.  Hoje o encontro com Jesus, sim porque Ele continua a fitar os nossos olhos, tem o poder de nos transformar e de nos enviar. Peçamos-lhe a ousadia de O seguir como os primeiros discípulos para podermos gritar ao mundo que Ele é bom e insiste em estar perto de nós.

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