sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Diálogo da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo

Lembra-Te de mim, Senhor, quando vieres com a tua realeza.
                           
Celebramos este Domingo a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo e, com esta celebração, terminamos mais um Ano Litúrgico.

O Evangelho de São Lucas coloca-nos diante da Cruz e é precisamente na Cruz que Jesus Cristo manifesta a sua singular realeza, desvela o seu trono de glória. No Calvário confrontam-se duas atitudes opostas: algumas personagens, aos pés da Cruz, e também um dos dois ladrões, dirigem-se com desprezo ao Crucificado - “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e desce da Cruz”. Pelo contrário, Jesus revela a sua glória permanecendo ali, na Cruz, como Cordeiro imolado. Com ele declara-se imediatamente o outro ladrão que, implicitamente, confessa a realeza do justo inocente e implora: “Recorda-te de mim quando estiveres no teu reino”.

Também nós, diante da Cruz, nos sentimos muitas vezes esmagados, impotentes, reclamando justiça e por isso escarnecemos de Deus, não podemos entender a nossa vida e o nosso sofrimento. O desafio desta Solenidade é reconhecer no Crucificado o Rei da Glória, o Senhor dos Senhores que está disposto a reinar na nossa vida, nas nossas opções, nos nossos caminhos e até na nossa cruz.

Como diz o Papa, “o cenário da crucifixão constitui o momento da verdade no qual se rasga o véu do templo e aparece o Santo dos Santos. Em Jesus Crucificado acontece a máxima revelação de Deus possível neste mundo, porque Deus é amor, e a morte de Jesus na Cruz é o maior acto de amor de toda a história”.

Com São Paulo, “demos graças a Deus que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina, e nos transferiu do poder das trevas para o reino do Seu Filho muito amado.”

1 comentário:

  1. O desafio da cruz

    Também São Paulo escreve em Gal 6,14:
    "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo."
    Vejamos a cruz, tal como Paulo, com especial ternura e dedicação, como obra na salvação, entregando cada momento de "cruz" pela mitigação do pecado.

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